O jardim, situado
nas traseiras do Palácio de São Bento, foi desenhado
por Cristino
da Silva, caracterizando-se por uma simetria de inspiração
francesa na disposição dos canteiros e estátuas,
contando com quatro pequenos lanços de degraus que criam o
efeito de socalcos por forma a ultrapassar o pronunciado declive do
terreno.
É
separado da residência oficial do primeiro-ministro por um longo
muro de 50 metros com 16 nichos e respectivas fontes e uma dupla escadaria
erguida nos anos 40 que conduz ao jardim superior, encimada por duas
esfinges com as quinas, da autoria de Leopoldo
de Almeida.
De cada lado
da escadaria, avançadas em relação a esta, encontram-se
duas estátuas representando a Força
e a Justiça,
duas figuras alegóricas femininas que se correspondem ideologicamente
com as inscrições latinas LEX (lei) e JVS (direito)
em frente, no edifício. Esculpidas em idêntico mármore
branco de grão grosso e dentro da mesma monumentalidade das
estátuas da fachada, apresentam, porém, diferenças
relativamente a estas ao nível do talhe, da plasticidade formal
e da riqueza de recursos expressivos.