A Biblioteca da
Assembleia da República tem origem na antiga Biblioteca das
Cortes, criada em 1836 por decreto do Ministro Manuel
da Silva Passos (Passos Manuel), para o serviço do Corpo
Legislativo. Acolheu um espólio inicial com cerca de 7300 volumes,
provenientes do Depósito Geral das Livrarias dos Extintos Conventos,
criado em 1834.
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Inicialmente,
o acervo foi reunido no espaço do antigo coro da igreja beneditina.
Contudo, em 1921, com a aprovação do plano de organização
biblioteconómica, foi determinada a sua instalação
definitiva numa ala do Andar Nobre do Palácio, onde se situavam
os antigos dormitórios dos frades, ocupando, desde então,
quatro salas.
Com a designação de Biblioteca da Assembleia Nacional
durante o Estado Novo, foi mobilada em 1936 com estantes em dois pisos
com galerias de acesso, mesas de leitura e cadeiras em madeira de
carvalho, procurando recriar o ambiente de uma biblioteca conventual
renascentista .
Ao centro da sala maior, foram colocados os bustos de António
de Oliveira Salazar, da autoria de Francisco
Franco, e de Passos Manuel, esculpido por Anatole
Calmels .
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Após a
revolução de Abril de 1974, passou a ser designada por
Biblioteca da Assembleia da República, sendo retirado o primeiro
busto (mantendo-se o segundo no mesmo local) e remodelado o mobiliário,
do qual se mantêm ainda algumas peças na sala principal.
Actualmente possui mais de 100.000 volumes, sendo a sua maioria relacionada
com a actividade parlamentar, e as restantes sobre História,
Direito, Economia, Estatística e textos de organizações
internacionais, contando também com um "Fundo Antigo e
Documentos Reservados" onde se conservam exemplares dos séculos
XVI e XVII.