Comunicar | out 2016
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ANTES E DEPOIS | BIBLIOTECA

A Biblioteca da Assembleia da República tem origem na antiga Biblioteca das Cortes, criada há 180 anos, em outubro de 1836, por decreto de Passos Manuel. 
"Ilustração Portuguesa", 12 de novembro de 1921.
NOITE SANGRENTA (OUTUBRO 1921)

No dia 19 de outubro de 1921, eclode uma revolta militar sob o comando do coronel Manuel Maria Coelho, antigo revolucionário do Movimento Republicano de 31 de Janeiro de 1891. O chefe do Governo, António Granjo, apresenta a demissão, mas o Presidente da República, António José de Almeida, não nomeia um novo executivo.

Neste ambiente de impasse, na noite de 19 para 20 de outubro, um grupo de civis e militares, liderado pelo cabo marinheiro Abel Olímpio, conhecido por O Dente de Ouro, conduz os acontecimentos da designada Noite Sangrenta.

Uma camioneta – a "camioneta-fantasma" – percorre Lisboa em busca de diversas figuras do regime republicano, que, forçadas a entrar no veículo, são posteriormente executadas. Na Noite Sangrenta são assassinados, entre outros, o Primeiro-Ministro António Granjo, e dois protagonistas da Revolução de 5 de Outubro de 1910, Machado Santos e Carlos da Maia. 

PEÇA DO MÊS | BUSTO DE PASSOS MANUEL

Busto masculino de vulto pleno, à francesa, concebido em mármore de Carrara, rematado por soco apoiado em base, retratando Manuel da Silva Passos (1801-1862) – destacada figura do liberalismo português, com papel de charneira na Revolução de Setembro de 1836 e fundador da Biblioteca das Cortes em outubro do mesmo ano.

Passos Manuel, como ficou conhecido, surge em meia-idade, com pose altiva e expressão solene, envergando trajo próprio da sua época, condição e género. 
MEMÓRIAS DA GRANDE GUERRA

No centenário da entrada de Portugal na I Guerra Mundial, divulgam-se materiais registados nos Dias da Memória, iniciativa que teve lugar na Assembleia da República, em outubro de 2014.

Esta coleção de postais – "As fábulas de Esopo modernizadas", da autoria de Francisco Sancha, manifesta-se contra a Alemanha, estabelecendo analogias entre as fábulas de Esopo e acontecimentos vividos durante a Grande Guerra (1914-1918).

A série é constituída por seis postais: "A raposa e as uvas verdes", "A tartaruga e a águia", "O cão e sua sombra", "A tartaruga e a lebre", "A galinha e os ovos de ouro" e "O lobo e a cegonha".

Coleção de Maria Cipriano (oferta de Angélica Relvas).
FLASH | CENTENÁRIO DA REPÚBLICA (2010)

No dia 6 de outubro de 2010, realizou-se uma Sessão Solene Comemorativa do Centenário da República, que contou com as intervenções dos Deputados José Luís Ferreira (Os Verdes), Francisco Lopes (PCP), Fernando Rosas (BE), Assunção Cristas (CDS-PP), Pacheco Pereira (PSD) e Maria de Belém Roseira (PS), do Ministro dos Assuntos Parlamentares (Jorge Lacão) e do Presidente da Assembleia da República (Jaime Gama). Seguiu-se a inauguração da exposição "Res Publica: cidadania e representação política em Portugal (1820-1926)", comissariada por Fernando Catroga e Pedro Tavares de Almeida, e o descerramento do busto de Anselmo Braamcamp Freire, Presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1911.

Aceda à ata da sessão e veja a reportagem fotográfica.
Retrato de Fernão Boto Machado publicado no "Arquivo Democrático", Arquivo Histórico Parlamentar.
DITOS PARLAMENTARES

"O que justifica e torna realmente grande e respeitável o direito de revolução é esta ser feita em benefício do maior número, principalmente em favor dos que, tudo produzindo, nada possuem. A Revolução de 5 de Outubro deve ter essas consequências. Ela foi, efetivamente, feita pelo povo, e isso é mais uma razão para que a Câmara tome em consideração a causa do povo, que é quase exclusivamente o problema social económico.

O problema económico é hoje, para sociólogos, estadistas, parlamentares e homens de pensamento e de coração, dignos destes nomes, o problema dominante. Para mim, só há mesmo um problema à face da Terra: – é o problema da conquista do pão; é a solução do problema da miséria; é a conquista da felicidade para todos."

Fernão Boto Machado, Diário da Assembleia Nacional Constituinte, 26 de junho de 1911, p. 5.
Mais informações em: www.parlamento.pt
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