Comunicar | nov 2014
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DIAS DA MEMÓRIA: POSTAIS DA GRANDE GUERRA

Os Dias da Memória, realizados na Assembleia da República, nos dias 17, 18 e 19 de outubro, permitiram recolher e registar, entre outros materiais, várias coleções de postais do período da Grande Guerra (1914-1918).
 
Peça do mês | Marionetas da Indonésia

Par de marionetas indonésias da tradição Wayang Golek (Java Ocidental), representando Sri Rama (ou Ramayana) e sua esposa Shinta. De acordo com as lendas hindus, Shinta foi raptada pelo rei Rahwana. Sri Rama, com a colaboração de Hanuman, o macaco branco com poderes sobrenaturais, e do exército de macacos, obteve a sua libertação, duvidando da inocência de Shinta. Para provar a inocência, Shinta submeteu-se à prova do fogo, mas este não a atingiu, sendo consagrada como um símbolo de fidelidade e honra.

A tradição do teatro de marionetas (wayang) na Indonésia remonta à chegada do hinduísmo ao sudeste asiático, servindo como forma de difusão da língua, da cultura e da religião junto de todas as populações. Atualmente, esta forma de expressão artística continua enraizada nas culturas locais, em especial nas ilhas de Java e Bali. As diferentes personagens – figuras mitológicas ou simples cidadãos – distinguem-se através dos traços fisionómicos e da cor da pele. 
Sabia que...


Em 28 de novembro de 1972, o livro Dinossauro Excelentíssimo, uma sátira de José Cardoso Pires sobre Oliveira Salazar e o seu regime, foi objeto de um debate aceso na Assembleia Nacional, entre os deputados Miller Guerra e Casal-Ribeiro, a propósito de liberdade e censura literária.

Contrariando Miller Guerra, deputado da Ala Liberal, Casal Ribeiro pergunta: “V. Ex.ª quer mais liberdade do que aquela que nós vivemos neste momento, quando se permite, por exemplo, a saída de um livro ignóbil chamado Dinossauro Excelentíssimo? (…) O livro parece que está apreendido, mas não está apreendido o autor!”

O debate prossegue. Miller Guerra insurge-se contra a censura, defendendo a livre circulação dos livros. Casal Ribeiro riposta: “V. Ex.ª ainda se há de arrepender, tanto como eu, das liberdades que por aí andam”.

Diário das Sessões, n.º 201, 29 de novembro de 1972, p. 3960-3961.

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