No próximo dia 20 de julho, realiza-se na Assembleia da República, pela 24.ª vez, o Debate do estado da Nação. Consagrado regimentalmente em 1993, este debate tem-se realizado anualmente, exceto em casos de dissolução da Assembleia da República ou demissão do Governo. O debate é agendado numa das últimas 10 reuniões da sessão legislativa, por acordo entre o Presidente da Assembleia da República e o Governo. 

O debate mantém o formato praticamente idêntico desde a sua consagração: 

O Primeiro-Ministro faz uma intervenção inicial, de cerca de 40 minutos, sendo depois sujeito a perguntas dos grupos parlamentares e dos Deputados únicos representantes de um partido, seguindo-se o debate generalizado, que é encerrado pelo Governo. 

Iniciado pelo então Primeiro-Ministro, Aníbal Cavaco Silva, sucederam-lhe na abertura deste debate, os Primeiros-Ministros António Guterres, Durão Barroso, José Sócrates, Passos Coelho e António Costa. 

Da leitura das intervenções iniciais e do debate que se segue, entrevêem-se os grandes problemas e desafios do País ao longo deste período e dos respetivos ciclos políticos: estabilidade política, recuperação da economia, consolidação das contas públicas, crescimento do emprego, recessão, défice e dívida pública, austeridade, incêndios, recuperação económica e dos níveis de proteção social, e, mais recentemente, a pandemia. 

O Debate do estado da Nação não se inicia, nem se esgota no dia agendado, dado que antes e depois, as universidades e a comunicação social dedicam estudos e dossiers informativos a debater as grandes questões que preocupam o País. 

O Debate pode ser acompanhado em direto no dia 20 de julho, a partir das 15h00 em www.parlamento.pt.