ROSA DOS VENTOS


Placas

Por ocasião do quinto centenário da viagem de circum-navegação, a Assembleia da República divulga exemplar de azulejo com esmalte e policromado que representa a Rosa dos Ventos do Planisfério Português dito “de Cantino” de 1502. (Biblioteca Estense Universitária, Modena - Itália).

O azulejo é parte integrante de uma edição especial composta por uma caixa, cartonada de tonalidade negra, com o título “V Centenário - Primeira Viagem de Circum-Navegação - Fernão de Magalhães”, contendo vários objetos, designadamente: um azulejo; dois livros intitulados respetivamente “A Lisboa de Fernão de Magalhães", da autoria de Ana Cristina Leite (coord.), Delminda Rijo, Manuel Fialho Silva e Miguel Gomes Martins, e “Fernão de Magalhães - Lisboa e o início da mundialização”, da autoria de José Manuel Garcia, ambos profusamente ilustrados, apresentando índice e bibliografia (ed. 2018); um cartão-memória com explicação das comemorações em apreço.       

Esta edição, da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa e da Unidade de Missão para Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação de Fernão de Magalhães, foi oferecida ao Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, pela Ministra do Mar do XXI Governo Constitucional, Ana Paula Vitorino, em 23 de outubro de 2019.

Fernão de Magalhães (1480 - 1521) nasceu no Porto no seio de uma família nobre. Em 1505, partiu para a Índia integrado na armada comandada por D. Francisco de Almeida. Em 1511, participou na conquista de Malaca, sob o comando de Afonso de Albuquerque e, em 1512, fez parte da armada comandada por António de Abreu que chegou às ilhas Molucas.

A experiência que teve no Oriente deu-lhe conhecimentos suficientes para, no regresso a Lisboa, propor ao rei D. Manuel I que lhe fossem concedidas condições para alcançar as Molucas por uma nova rota, viajando para ocidente, mas a proposta foi recusada.

 Em 1517, em Sevilha, Fernão de Magalhães apresentou o mesmo projeto ao rei Carlos I, alegando que as então designadas ilhas de Maluco, fonte do valioso mercado da noz-moscada e do cravinho, estavam localizadas na área de influência da coroa espanhola, no hemisfério ocidental, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, sendo possível alcançá-las navegando para ocidente, uma rota alternativa que evitaria assim a navegação por águas de domínio português. Depois de conquistar o apoio político e financeiro de uma nobreza influente, Magalhães obteve o acordo de Carlos I.

No dia 10 de agosto de 1519, sob o comando de Fernão de Magalhães, uma armada de cinco naus largou do porto de Sevilha – Trinidad, San Antonio, Concepción, Victoria e Santiago – com 237 tripulantes, entre os quais 33 marinheiros portugueses. No entanto, a partida da foz do rio Guadalquivir só teve lugar a 20 de setembro.

Já na América do Sul, no porto de São Julião, na Patagónia, a revolta de alguns tripulantes, entre os quais Juan de Cartagena, segundo comandante da armada, foi debelada por Magalhães, que aplicou severos castigos.

A 20 de agosto de 1520, Magalhães partiu para sul e durante um mês navegou ao longo do estreito, que mais tarde tomou o seu nome, à procura de saída. A nau San Antonio desertou e regressou a Sevilha. Após a saída do estreito, a armada navegou durante três meses pelo Oceano Pacífico até aportar na ilha de Guan, no arquipélago das Marianas.

A 16 de março de 1521, a armada chegou à ilha de Cebu, nas Filipinas, onde foi bem recebida pela população local e pelo respetivo chefe tribal, que solicitou o apoio de Magalhães no combate à população da ilha de Mactan. Esta luta foi fatal para Fernão de Magalhães, que aí perdeu a vida no dia 27 de abril de 1521.

O que restava da armada alcançou as ilhas Molucas em novembro de 1521 e, a partir daí, fez a viagem de regresso, com uma única nau, a Victoria, pelo Oceano Índico com os marinheiros portugueses. A 6 de setembro de 1522, a nau Victoria, comandada por Juan Sebastian de Elcano e com 17 tripulantes, atracou no porto de Sevilha, completando assim a viagem de circum-navegação.

N.º inv.: MAR 5924, 2019,14 x14 cm

N.º inv.: MAR 5924, 2019,14 x14 cm

N.º inv.: MAR 5924, 2019,14 x14 cm

N.º inv.: MAR 5924, 2019,14 x14 cm



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