Comunicar | mar 2017
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CENTENÁRIO DA MORTE DE MANUEL DE ARRIAGA (1840-1917)

Há 100 anos, no dia 5 de março de 1917, o Presidente da Câmara dos Deputados, Alfredo Ernesto de Sá Cardoso, anuncia ao Parlamento a morte de Manuel de Arriaga, o primeiro Presidente da República constitucional, eleito pela Assembleia Nacional Constituinte, em 1911. 
Primeira página do "Diário de Lisboa", 19 de janeiro de 1977. Fundação Mário Soares.
PEDIDO DE ADESÃO À CEE (1977)

O pedido de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE) é formalizado no dia 28 de março de 1977. Nas semanas anteriores, o Primeiro-Ministro, Mário Soares, deslocara-se aos nove países membros da CEE em busca de apoios.

A 18 de março de 1977, na Assembleia da República, o Chefe do Governo faz uma comunicação sobre a projetada adesão de Portugal à CEE, assim como sobre os resultados das suas recentes visitas aos países comunitários.

A intenção da adesão, prevista no programa do I Governo Constitucional, justificava-se pela "busca de uma nova identidade nacional que a descolonização tornara urgente, mas também na necessidade de apresentar ao País um projeto verdadeiramente nacional, que simultaneamente permitisse situar Portugal no espaço político, geográfico, económico e social a que, por direito próprio, pertencia." 
Colar da Câmara dos Pares, metal amarelo, séc. XIX, 39 x 6,6 cm. Fundo Antigo do Palácio das Cortes, n.º inv. MAR 128.
PEÇA DO MÊS | COLAR DA CÂMARA DOS PARES

Distintivo para uso do pessoal de serviço à Câmara dos Pares, composto por placa de suspensão e colar de metal fundido com decoração relevada.

A placa, de forma retangular, é recortada representando manto de arminhos preso superiormente a meio e aos lados por laçada de cordão com borlas. O manto envolve o brasão das armas reais portuguesas usadas no período da Monarquia Constitucional: escudo francês, quadrangular com cantos inferiores arredondados e ponta ao centro, encimado por coroa real; ao centro um pequeno escudo de forma idêntica, no qual se inscrevem cinco quinas dispostas em cruz, circundado por sete castelos. À volta do escudo, uma tarja bifurcada nas extremidades com a inscrição "CAMERA DOS DIGNOS PARES DO REINO".

A placa está suspensa do colar por duas pequenas argolas fixas no reverso. O colar é formado, em sequência intercalada, por elos ovais, torres com ameias e escudos, de formato idêntico aos da placa, com cinco quinas em cruz. 
ANTES E DEPOIS | JARDIM INTERIOR

O jardim, situado nas traseiras do Palácio de São Bento, foi desenhado por Cristino da Silva, caracterizando-se por uma simetria de inspiração francesa na disposição dos canteiros e estátuas, contando com quatro pequenos lanços de degraus que criam o efeito de socalcos por forma a ultrapassar o pronunciado declive do terreno.

É separado da residência oficial do primeiro-ministro por um longo muro de 50 metros com 16 nichos e respetivas fontes e uma dupla escadaria erguida nos anos 40 que conduz ao jardim superior, encimada por duas esfinges com as quinas, da autoria de Leopoldo de Almeida.
 
De cada lado da escadaria, avançadas em relação a esta, encontram-se duas estátuas representando a Força e a Justiça, duas figuras alegóricas femininas.

Imagens:
1 - Jardim interior do Palácio de São Bento antes das obras realizadas nos anos 40 do século XX, fotografia de E. Portugal, 1936.
2 - Jardim interior do Palácio de São Bento desenhado por Cristino da Silva, nos anos de 1940.
3 - Jardim interior do Palácio de São Bento, fotografia de Eduardo Gageiro, 1999.

FLASH | O PODER DA MODA CONTRA O CANCRO (2009)

A 9 de julho de 2009, o átrio exterior do Palácio de São Bento acolheu a iniciativa "O poder da moda – contra o cancro".

A convite da Assembleia da República, dez criadores de moda portugueses aceitaram o desafio de criar acessórios de cabeça pensados para as mulheres que têm ou tiveram cancro, em particular para aquelas cujos tratamentos impliquem queda de cabelo, mas que pudessem ser usados por todas as mulheres enquanto acessórios de moda.

A ideia partiu de um grupo de trabalho da Comissão de Saúde, coordenado pela Deputada Sónia Fertuzinhos. O resultado final foi apresentado num desfile de moda organizado pela Associação ModaLisboa, que juntou modelos profissionais e figuras públicas que desfilaram lenços, chapéus e toucados vários concebidos pelos estilistas Ana Salazar, Fátima Lopes, Filipe Faísca, José António Tenente, Júlio Torcato, Katty Xiomara, Manuel Alves e J. M. Gonçalves, Nuno Baltazar, Rita Bonaparte e Storytailors.

A anteceder o desfile, decorreu a assinatura de um protocolo, no qual a Associação ModaLisboa, o Alto-Comissariado da Saúde e o Portugal Fashion assumiram o compromisso de dar continuidade a esta iniciativa através da criação, produção e posterior comercialização de adereços para a cabeça adequados às mulheres com alopecia.

Veja a reportagem fotográfica.
(Fotografias de Sandra Ramos, Arquivo Histórico Parlamentar).
FLASH | CONCERTO "CANTAR ZECA AFONSO"

No dia 26 de abril de 2012, o Parlamento homenageava José Afonso, através do concerto evocativo "CantAR Zeca Afonso", realizado na Sala dos Passos Perdidos, com a participação de António José Moreira, Carlos Carranca, Eduardo Filipe, Luís Alvelos, Manuel Portugal, Manuel Rocha, Nuno Encarnação, Nuno Ferreira, Rui Pato e do Coro da Assembleia da República.

Veja a reportagem fotográfica.
(Fotografias de Luís Saraiva, Arquivo Histórico Parlamentar)
Alda Nogueira, Deputada do PCP, em 1975. Arquivo Histórico Parlamentar.
DITOS PARLAMENTARES

"A Assembleia da República será sempre o espelho da sociedade e, no futuro, será certamente um espelho diferente.

Em primeiro lugar, porque as mulheres não serão exceção, o que significará, para esta Assembleia, uma nova dinâmica, uma outra maneira de estar na vida.

Em segundo lugar, será a origem de uma nova ordem social, em que os direitos à igualdade e à diferença estejam de facto garantidos.

Em terceiro lugar, não será necessário, nunca mais, um dia internacional para evidenciar as condições em que vive metade da humanidade, as mulheres.”

Alda Nogueira, Diário da Assembleia da República, I Série, n.º 51, 6 de março de 1987, p. 1992-1993.
Mais informações em: www.parlamento.pt
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