PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas de Celorico da Beira


Exposição de motivos
A escola é, a par da família, a instituição responsável pela educação dos jovens. Portanto, a sua missão é formar cidadãos que, no futuro, constituam o “baluarte” de uma democracia atuante e o garante de uma cultura de cidadania proativa. Na verdade, a escola pode ser comparada aos alicerces de uma casa, porque ela tem o dever de zelar pelos interesses dos jovens e de os dotar das “ferramentas” indispensáveis ao seu sucesso académico, desempenho profissional e integração social: ela transmite conhecimento, veicula valores, fornece modelos, para fomentar o desenvolvimento da personalidade dos alunos, futuros cidadão e quiçá decisores políticos.
É na escola que todos nós, alunos, passamos parte do nosso dia a dia e é nela que aprendemos e nos torrnamos seres humanos mais disciplinados, cultos, preparados para lidar com a evolução do mundo e capazes de enfrentar as adversidades da vida adulta.
Como tal, urge tornar a escola numa instituição mais próxima dos alunos e mais disponível para acolher o seu pensamento, de modo a formá-los num contexto democrático que os capacite para o exercício de uma cultura democrática na vida adulta.
Assim sendo, para tornar a escola mais plural, cremos que é “vital” auscultar os discentes, perceber os seus gostos, acolher as suas sugestões, escutar as suas críticas e melhorar alguns aspetos, com o intuito de que essas mudanças constituam mais-valias para a comunidade escolar (CE).
É essencial tornar a escola num espaço mais humano, colaborativo e solidário, onde os jovens, apesar de alguma inexperiência, insegurança e até incerteza relativa ao rumo a seguir, possam emitir, livremente, as suas opiniões e submeter, à apreciação dos órgãos pedagógico/executivo, as sugestões que têm para a vida da CE, para o PAA e o PE dos AE.
2024 é o ano ideal para tornar a Escola mais plural e participativa, é o ano em que se celebram os 50 anos da Revolução dos Cravos, o nosso “querido” 25 de abril! Assim, urge pôr em prática os lemas que desencadearam a mudança da ditadura para a democracia: acabar com a censura, com a falta de liberdade, com a falta de representação proporcional, com o medo de manifestar a nossa opinião.
A nossa divisa é seguir o exemplo libertador das forças armadas e transportar os princípios enunciados para o ambiente escolar! Viver a democracia e o direito que todos temos de dar a nossa opinião! Não deixar morrer o carisma, os objetivos e o esforço dos militares que participaram no golpe de estado: dar voz ao povo, para que pudesse exprimir-se livremente e participar ativamente nos assuntos e nas grandes decisões do país, visando a criação de uma sociedade mais coesa, justa, democrática e fraterna
Assim, queremos replicar na escola esta forma de viver: podermos participar mais ativamente na vida da nossa “segunda casa”/“pequena sociedade”.
Viver em abril, viver sem medo de nos expressarmos é essencial. E deve ser sempre atual, em todos os ambientes e em todos os tempos.


Medidas Propostas
  1. Criação de um canal de comunicação multímodo: uma plataforma online para recolher as propostas de melhoria, a disponibilização de FAQ’s sobre a Escola e outras informações não pessoais, às quais a comunidade escolar tenha acesso, e disponibilização de uma caixa física onde sejam depositadas sugestões anónimas p/ melhorar o funcionamento do AE. As sugestões seriam triadas por um grupo específico de alunos (por exemplo, a A. de Estudantes) e, depois, debatidas em C. Pedagógico e p/ Direção.
  2. Fomentar, nos alunos, o aumento da colaboração na realização de tarefas escolares de organização, higienização ou concretização de atividades (definidas pelo CP/DE em função do funcionamento de cada AE e da maturidade discente, monitorizadas p. Assistentes Operacionais), que potenciem a assimilação da noção de deveres cívicos e a consolidação de valores como o respeito p/ outros e p/ bens públicos e a interajuda, para transformar a Comunidade Educativa numa democracia de direitos e deveres.
  3. Introdução de uma medida que visa a representação proporcional da comunidade escolar na Associação de Estudantes dos AE/ENA: o número de alunos de cada lista candidata à Associação de Estudantes seria proporcional ao da comunidade escolar em sexo, grupos étnicos e alunos imigrantes / estrangeiros, tendo como objetivo supremo ajudar na integração dos discentes oriundos de outros países e/ou de outras culturas.