Exposição de motivos

Desde logo, como primeira necessidade, foi identificada a adaptação dos currículos escolares. Consideramos que os currículos escolares atuais se encontram desfasados da realidade das mais relevantes problemáticas da nossa sociedade e das novas gerações. Propomos um conjunto de medidas que consideremos relevantes neste contexto, tornando os conteúdos académicos mais significativos e relevantes. Estes precisam sofrer adaptações capazes de dar resposta às necessidades das crianças/jovens e de prepará-los para a vida adulta e para o mercado de trabalho. A fraca capacidade de resolução de problemas, as dificuldades em comunicar e a reduzida capacidade de pensamento crítico demonstra-nos uma sociedade que carece de melhor formação humana, com envolvimento entre escola e família. Dessa forma, enunciamos algumas disciplinas cujo conteúdo programático deve ser adaptado consoante a idade/ano de escolaridade e, portanto, maturidade da criança/jovem para a compreensão dos mesmos. As disciplinas que considerámos são as seguintes: Literacia Financeira, Política e Vida em Sociedade, Educação Sexual, Agricultura, Gestão Emocional e Habilidades Práticas (como por exemplo aprender a andar de bicicleta, cozinhar, estratégias para gerir as emoções, estados de ansiedade, entre outros), Expressão Artística (música, dança, olaria, teatro, entre outros). Com o aumento do ritmo de vida e a dependência dos meios eletrónicos, muitas famílias descuraram o ensinar práticas básicas e importantes não só para a saúde física da criança, como também para a sua autoconfiança e segurança emocional. Nas aulas de Cidadania é importante a inclusão do conteúdo sobre política e participação política, nas aulas de Educação Física, a inclusão de conteúdo de autodefesa e a introdução extracurricular de cursos temporários de socorrismo, com atualização periódica. No contexto das alterações climáticas, importa igualmente considerar algumas noções de proteção civil, de acordo com os riscos naturais mais suscetíveis em cada região.
Propomos ainda que, as escolas/professores detenham alguma autonomia para programar conteúdo cujo em cada contexto local ou regional exige ser abordado (por exemplo, história e património local, leitura, entre outros).

Como segunda necessidade, o reforço de medidas associadas à inclusão em contexto escolar: desde às já muito faladas situações de bullying, mas associando a discriminação (racial, sexual, entre outras). Reforçamos a problemática da doença mental (ansiedade e depressão, em especial), pelo facto de ainda não serem prioridades de intervenção, apesar de afetarem um conjunto de alunos muito significativo e abrangente e de prejudicar seriamente a sua prestação académica. Finalmente, incluímos igualmente as deficiências físicas e as desigualdades a elas associadas.

Finalmente, desenvolver um sistema de Acompanhamento Individual da criança/jovem.

Medidas Propostas

1. Adaptação dos currículos escolares. Adaptação dos currículos escolares às novas realidades: Literacia Financeira, Política e Vida em Sociedade, Educação Sexual, Agricultura, Gestão Emocional e Habilidades Práticas (como por exemplo cozinhar), Expressão Artística, Participação Política, Autodefesa, Socorrismo. No contexto das alterações climáticas, importa igualmente considerar algumas noções de proteção civil, de acordo com os riscos naturais mais suscetíveis em cada região.
2. Inclusão em contexto escolar: desde às já muito faladas situações de bullying, mas associando a discriminação (racial, sexual, entre outras). Reforçamos a problemática da doença mental (ansiedade e depressão, em especial), pelo facto de ainda não serem prioridades de intervenção, apesar de afetarem um conjunto de alunos muito significativo e abrangente e de prejudicar seriamente a sua prestação académica. Incluímos igualmente as deficiências físicas e as desigualdades a elas associadas.
3. Desenvolver um sistema de Acompanhamento Individual da criança/jovem, com abordagem psicossocial, contemplando desde tutoria para organização no estudo, à aproximação da família com a escola e à prevenção de situações clínicas de ansiedade e depressão. Assumir uma lógica de Estudo de Caso. Paralelamente criar a figura de provedor/a escolar, uma pessoa responsável pelo bem-estar tanto dos alunos como dos professores (uma pessoa independente, exterior a cada estabelecimento de ensino.