PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


ES Jerónimo Emiliano de Andrade


Exposição de motivos
O tema da edição deste ano do Parlamento dos Jovens incide sobre o 25 de Abril de 1974, sobre a revolução e sobre a liberdade. Cinquenta anos depois, é a educação que grita por mudança, pois, tal como afirma José Saramago: "A verdadeira revolução vem através da educação. É nas escolas que se moldam mentes, se cultivam valores e se prepara o terreno para um futuro mais humano." Como queremos nós, o futuro desta nação, daqui a 50 anos? A chave do sucesso começa com pequenas ações, aqui e agora. É em cada escola, através da pluralidade e da participação, que é possível progredir.
Para tal, é necessário primeiro, a construção de uma base sólida, isto é, não só de jovens instruídos, como também cidadãos ativos. Contudo, o alcance desta meta está a ser retardado pela ignorância juvenil que é, de facto, alarmante! Deste modo, a nossa primeira medida visa a implementação de uma área curricular não disciplinar, no ensino secundário que consiste no enriquecimento do conhecimento sobre atividades do quotidiano como é o caso de literacia política, digital, financeira, na promoção da saúde, entre outros.
Não queremos que seja em vão o sacrifício de tantos que lutaram para que hoje tenhamos liberdade de expressão! É preciso dotar os jovens de espírito crítico, de domínio da língua e de oratória. Neste seguimento, a nossa segunda proposta funde participação e autonomia, através da formação da «Assembleia dos Estudantes». Neste programa, recorrendo a palestras e debates, os próprios alunos têm a oportunidade de refletir sobre determinados assuntos relativos às necessidades da escola, como também sobre preocupações a nível cívico.
Importa ainda salientar o aumento da taxa de imigração em Portugal, sendo sete vezes superior em 2016, comparativamente com 1980. Entre esses números, muitos são adolescentes estrangeiros que chegam desamparados a uma sociedade e a uma escola diferente da sua. Assim, a nossa terceira proposta incide sobre a implementação de apadrinhamento nas escolas, onde os novos alunos teriam um colega para os auxiliar no processo de adaptação à vida académica. Adicionalmente, este programa expandir-se-ia também para alunos em início de ciclo, uma vez que estes também se encontram numa situação nova, necessitando do apoio dos seus pares mais experientes. Porque não usufruir desta prática que tão bem funciona a nível universitário?
Nós que já nascemos e crescemos em liberdade, temos o dever de lutar pela sua preservação, garantindo que todos, independentemente da sua origem, idade, género e valores possam expressar-se em liberdade respeitando a dos outros. A educação é o meio, por excelência, para enraizar e desenvolver a Liberdade. Tal como disse Fernando Pessoa: «Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade.»


Medidas Propostas
  1. Implementação de área curricular não disciplinar que consiste na dinâmica de aprender sobre o quotidiano (literacia política, financeira, digital, etc.), visando principalmente alunos do ensino secundário.
  2. Criação do projeto “Assembleia de Estudantes” (organização de palestras e debates onde os estudantes possam participar e refletir sobre determinadas necessidades da escola).
  3. Implementação do projeto de apadrinhamento nas escolas, que procura auxiliar os novos alunos no processo de adaptação na vida académica e social.