Exposição de motivos
O 25 de Abril trouxe-nos a liberdade e a esperança para um futuro melhor. Estes novos direitos proporcionaram-nos um maior dever de cidadania, que atualmente está meio "adormecido" pela inércia da pouca participação cívica dos jovens e no seu envolvimento na sociedade civil. Esta geração vive numa sociedade revolucionária, em termos digitais, mas esqueceu-se do desenvolvimento humano, estando cada vez mais indiferente ao que se passa à sua volta e cada vez menos empáticos. É necessário uma nova revolução! Essa revolução deve nascer com o reconhecimento de que a educação é muito para além do espaço em sala de aula. É necessário uma educação muito mais aberta e plural, uma educação não-formal, desenvolvendo soft skills e valores humanos, imprescindíveis numa sociedade democrática e, cada vez mais multicultural. A educação não formal tem como objetivo resgatar, de forma efetiva, valores essenciais para a formação de cidadãos protagonistas de sua própria vida, trazendo para eles a prática da cidadania, apreensão social, profissionalização, reforço escolar, dimensão sociocultural, entre outros. Deste modo, consideramos importante o fomento da mesma, através da criação de um Plano Nacional com projetos como palestras, atividades, encontros de jovens, assembleias municipais da juventude mais ativas e sobretudo de forma apartidária em que todos possam dar o seu contributo, desenvolvendo gosto pela participação ativa na sociedade. Para uma escola plural e participativa é fulcral a interação entre outras escolas. Através da realização de debates, atividades e outras dinâmicas que promovam o espírito participativo dos jovens, que no futuro os fará jovens mais ativos enquanto cidadãos. Consideramos fundamental o apoio das associações, sejam elas locais, nacionais ou internacionais para uma melhor dinamização de projetos que solidifiquem a educação não-formal e contrariem a apatia dos jovens perante o que passa à sua volta. Encontros de jovens promovidos por entidades locais e nacionais, como por exemplo o CNJ, o IPDJ e a Ready to Help Viseu, serão uma mais valia para promover uma interação entre alunos de diferentes escolas, permitindo uma troca de ideias e experiências diferentes, enriquecendo, assim, o espírito de iniciativa e crítico que estimula uma proatividade. Encontros de jovens promovidos por entidades internacionais abrem portas à promoção dos valores europeus. Assim, nos próximos 50 anos de liberdade que se seguem, o desafio de desenvolvimento e cooperação mantêm-se e reforçam-se. Com o explicitado anteriormente, acreditamos na valorização do papel da escola, com a sua atividade extracurricular, e na valorização da voz dos jovens dentro da política local, como forma de potenciar uma geração mais ativa e dinâmica. Somos a geração Z, nativos digitais, nadamos nas redes sociais e outras plataformas online. Somos a geração com mais anos de escolaridade, só nos falta uma revolução para pôr as nossas ideias em ação.
Medidas Propostas
- Alteração do regime jurídico dos Conselhos Municipais da Juventude, reforçando o seu papel.
- Criação do Plano Nacional de Projetos Escolares, que promova a educação não formal.
- Fomento de projetos inter-escolas em colaboração com associações locais, nacionais e internacionais, com obrigatoriedade mínima de um projeto por ano letivo.
