Exposição de motivos

Viver o 25 de Abril na Educação passa pelo cumprimento dos objetivos estabelecidos e consagrados na Constituição, como o direito à educação e à cultura, mas que não se encontra a ser cumprido na sua totalidade, na nossa perspetiva. Não obstante da frequência do ensino obrigatório ser generalizada, não consideramos que este direito passe apenas por uma garantia de que todos os jovens do país passarão 5 a 8 horas do seu dia na escola, além de garantir que estes a conseguem frequentar. É vital permitir que a escola se estabeleça como um local de aceitação e compreensão destinada, acima de tudo, a auxiliar e preparar, não só academicamente, como cultural e pessoalmente, os cidadãos que construirão o país de amanhã. Se pretendemos que o Portugal do futuro assente sobre os valores humanos da solidariedade, justiça e empatia, são estes os valores que devemos promover nos estabelecimentos de educação.
Uma responsabilidade da dimensão desta não recai só apenas nos profissionais de educação, nem no respetivo Ministério, mas também em nós jovens.
As 3 medidas que agora apresentamos, corresponderão assim a 3 valores - empatia, solidariedade, justiça - que consideramos pilares fundamentais para a construção, não só de uma escola plural e participativa, mas para a potencialização de um sistema de educação de sucesso em Portugal.
Empatia - Construção de relações de entendimento e apreço entre alunos migrantes, alunos de origem portuguesa e profissionais de educação. É necessário fomentar um ambiente inclusivo e empático nas salas de aula e nos diversos espaços escolares. Só num ambiente acolhedor, poderão os alunos originários de países estrangeiros, atingir o seu potencial académico, motivados para alcançarem os seus objetivos.
Com a proposta da nossa 1.ª medida, visamos despertar o interesse dos alunos estrangeiros para a nossa cultura e fomentando a sua interação com os alunos de origem portuguesa através da exposição da sua.
Solidariedade - Relações de amizade e entreajuda no ambiente escolar. Com a proposta da nossa 2.ª medida os alunos de bom rendimento académico poderiam auxiliar os restantes, com a supervisão de professores. De modo a retribuir o seu esforço, a sua contribuição nestes clubes poderia ser refletida na sua classificação a nível das atitudes e valores. Este trabalho em equipa promove a comunicação entre os alunos e a melhoria das capacidades intelectuais de cada um.
Justiça – igualdade na aprendizagem dos alunos e atividades. É do nosso entendimento que só através da igualdade de oportunidades é possível garantir a meritocracia estabelecida na Constituição. Considerando que todos os investimentos no ensino público sejam passíveis de retorno financeiro, através do melhor aproveitamento académico dos alunos e parecendo-nos que a alteração de dinâmicas é positiva para a sua motivação, as visitas de estudo e outras atividades, consistem para nós também uma importante parte da aprendizagem. Daí a proposta da nossa 3.ª medida.

Medidas Propostas

1. Implementação de programas escolares para o reconhecimento e valorização das culturas extranacionais e da cultura nacional na escola.
2. Promoção da criação de clubes de estudo ou socialização a nível escolar.
3. Disponibilização de fundos a nível municipal para a dinamização de atividades e visitas de estudo inclusivas de alunos de todos os cursos do ensino secundário.