PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária Dr. José Afonso, Arrentela, Seixal


Exposição de motivos
O acesso à educação e à cultura é um direito de todos os Portugueses, consagrado na Constituição da República Portuguesa e na Lei de Bases do Sistema Educativo. Só uma Escola pública de qualidade pode garantir que todos se preparem para os desafios sociais e profissionais do futuro.
Os jovens consideram que a Educação está a degradar-se em muitos sentidos. Que está na altura dos governos investirem a sério na Educação, um dos pilares de uma sociedade democrática.
São cada vez mais os relatos de professores com ordenados que não traduzem o seu esforço e empenho, equipamentos informáticos desatualizados, obsoletos, instalações degradadas, mas fala-se em preparar os alunos para o futuro, quando não há recursos/equipamentos para que isso aconteça. Entendemos que cada vez aumenta mais a disparidade entre o ensino público e privado, e isto devia ser já algo suficiente para o Estado português olhar para os alunos e para aquilo que falta quando se fala em políticas inclusivas, mas em que muitos são excluídos por não terem meios para se candidatar a cursos vocacionados para elites, num país que tem sido gerido por partidos que se dizem defensores dos mais desfavorecidos.
A nossa geração está muito distante do Abril de 1974 e dos seus valores. Para garantir os princípios da revolução e dos direitos ganhos é fundamental dar a conhecer aos jovens, enquanto é possível, testemunhos dos que viveram em censura, num regime que os oprimia. É necessário dar a conhecer aos jovens aqueles que não tiveram possibilidade de votar, dando aos jovens uma nova perspetiva sobre o valor da liberdade.
Preparar os jovens para a vida ativa é também fazê-los conhecer a realidade social, da vida de quem trabalha. Através das disciplinas de Ciência Política e de Literacia Financeira pretendemos que os jovens, ao abandonarem o ensino obrigatório/atingirem a maioridade, tenham conhecimentos base sobre muitos aspetos. No caso da disciplina de Ciência Política, aprender o que é a política, como funciona em Portugal, quem são os partidos políticos e as suas ideologias. Literacia Financeira acreditamos que seria indispensável para os alunos do 12.º ano, sendo muito útil num futuro próximo, conhecer os impostos e saber como funcionam, direitos e deveres do trabalhador, saber como alugar uma casa, requisitos e constrangimentos, etc. Há uma grande quantidade de alunos que procura um primeiro emprego após terminar a escola e que precisa desses conhecimentos.


Medidas Propostas
  1. Implementação de disciplinas de caráter obrigatório: no 10.º ano, Ciência Política, no 12.º ano, “Literacia Financeira”, com avaliação à base de trabalhos práticos.
  2. Palestras com pessoas com experiência de não poderem votar, de forma a sensibilizar os alunos para a importância do voto, alertando-os para o seu papel como futuros eleitores.
  3. Orçamento do Estado – disponibilizar mais verba para a Educação.