Exposição de motivos

1ª Esta medida foi pensada para diminuir a taxa de abandono escolar do ensino superior, que em 2023 se encontrava por volta dos 10% e a União Europeia comprometeu-se a baixá-la para menos de 10%. E tal aconteceria uma vez que, os alunos teriam oportunidade de experimentar uma profissão antes de tomar uma decisão definitiva. Desta forma a escola passaria a ter também um papel mais ativo na vida futura dos alunos, contrariando o que muitos dizem acerca da falta de conhecimentos práticos com que deixam o ensino obrigatório.
No que toca à implementação da medida, as escolas teriam que agendar os dias no calendário escolar em que os alunos se deslocariam aos locais de trabalho das suas áreas de interesse, num contexto de visita de estudo. Os psicólogos escolares, já procedem habitualmente à orientação vocacional dos alunos na transição do ensino básico para o secundário, para que eles escolham uma área de ensino e, na nossa opinião, esse trabalho devia ser repetido.
2ª Consideramos esta uma medida importante para melhorar as condições de saúde mental dos adolescentes, numa altura em que, segundo a OMS, o suicídio é a terceira principal causa de morte dos jovens entre os 15 e os 19 anos, e mais de metade das condições de saúde mental se começam a desenvolver aos 14 anos. Esta medida serviria como alicerce para a criação de uma sociedade inclusiva e respeitadora, já que, o seu objetivo é educar os adolescentes para a gravidade e o impacto das suas ações negativas na vida de outra pessoa. Por outro lado, pensamos em promover os laços entre os alunos de diferentes e idades e, como tal, achamos essencial a implementação do apadrinhamento dos alunos mais novos pelo mais velhos. Desta forma os alunos que acabam de chegar a um novo ciclo de ensino têm logo alguém que os acompanhe e que passou à pouco tempo pelo período de transição, o que é no fundo, uma grande ajuda para a integração no ambiente escolar. Por fim, os padrinhos seriam também alguém em quem os mais novos confiavam, e aos quais podiam recorrer para denunciar um caso de discriminação, porque sabemos que é mais fácil falar com alguém de uma idade mais próxima à nossa.
3ª O modo de implementação desta medida é mais complexo, uma vez que exige ligeiras alterações no sistema de ensino atual. Em primeiro lugar os professores seriam sujeitos a uma breve formação para ficarem aptos a lecionar disciplinas que se encaixem na sua área. Por exemplos os professores de direitos passariam a poder lecionar leis e conduta civil, os de biologia educação sexual, ou os de economia seriam capazes de ensinar sobre empreendedorismo e economia no dia-a-dia. Posteriormente, ou o horário dos alunos teria o acréscimo de um bloco para esta disciplina, ou as escolas optariam por prescindir de algum outro bloco de outra disciplina cuja carga horária pudesse ser reduzida.
Assim, cada um poderia escolher qual a sua disciplina prática de interesse e sair do ensino obrigatório mais bem preparado para a vida.

Medidas Propostas

1. Criação de uma semana interativa onde os alunos possam ter contacto com as carreiras associadas aos seus cursos do ensino secundário, em conjunto com uma orientação vocacional feita pelo psicólogo da escola.
2. Realizar campanhas de sensibilização relativamente a vários problemas sociais, tais como o bullying, racismo, homofobia, xenofobia e condições médicas que possam prejudicar o percurso dos estudantes.
3. Adicionar ao currículo disciplinas focadas no desenvolvimento pessoal. Estas teriam a duração de um bloco semanal e os alunos escolheriam as disciplinas com base nas suas preferências e necessidades perspetivadas para o futuro, indo esta de encontro com a nossa primeira medida. Estas aulas seriam lecionadas por professores de áreas semelhantes após uma formação breve, no entanto, estas disciplinas, por não serem fundamentais tão entrariam para o cálculo da média final do secundário.