Exposição de motivos

“Viver Abril na Educação: caminhos para uma escola plural e participativa” é um tema desafiante e que nos fez pensar em transformação de alguns aspetos da escola, tornando mais próxima da realidade.
Os jovens terminam o ensino secundário sem saber uma série de aspetos práticos, como por exemplo: realizar operações no multibanco para além dos levantamentos, gerir as despesas de uma casa e tarefas básicas de organização, como fazer um currículo, como proceder numa entrevista de emprego, como aceder ao portal das finanças ou da segurança social, etc. A primeira medida é uma proposta para que haja tempo para ter esta componente mais prática. Para isso, seria de rever a carga horária, sobretudo de disciplinas menos relevantes para o prosseguimento de estudos.
A segunda medida é uma necessidade de familiarizar os alunos com o ensino superior e aproximar os alunos dos dois tipos de ensino. No fundo seria promover mais atividades para além da mostra organizada, por exemplo, pela Universidade do Porto, os dias abertos já promovidos por algumas faculdades e politécnicos e eventos como a Tomorrow Summit, organizada pela Federação Académica do Porto.
Os exames nacionais são obrigatórios para concluir o ensino secundário há muito. Houve um regime excecional durante a pandemia. Os alunos que frequentam atualmente o 10.º e o 11.º anos, terão de realizar exames nacionais para concluir o ensino secundário, mesmo que não pretendam prosseguir estudos. A escolaridade obrigatória é agora de 12 anos, mas a obrigatoriedade de realizar exames para concluir o 12.º ano pode comprometer a conclusão deste ano por alunos com mais dificuldades.

Medidas Propostas

1. Criar um espaço no currículo, ao longo do ensino secundário para ensinar aspetos práticos na vida adulta.
2. Promover ações que coloquem em contacto estreito o ensino secundário e o ensino superior.
3. Realização de exames nacionais como provas de ingresso e não de forma obrigatória para concluir o ensino secundário, dado o alargamento da escolaridade até ao 12.º ano.