Exposição de motivos

Justificação das medidas:1.ª - Acreditamos que possuir um conjunto de capacidades na comunicação, escrita e oralidade da língua Inglesa seja fundamental, dada a extrema importância da língua no âmbito profissional, como social da vida de todos os indivíduos. Assim, vemos que a escola é um instrumento fundamental para a concretização deste objetivo. Será através da aposta de um novo currículo para a disciplina de inglês que priorize, essencialmente, o desenvolvimento das habilidades de comunicação oral e escrita, de modo a que estes à saída da escolaridade obrigatória estejam capacitados de habilidades linguísticas relevantes. O novo currículo de inglês começa com uma abordagem simples, valorizando sobretudo a oralidade desde o 1.º ciclo; iniciar-se-ia no 5.º ano de escolaridade até ao 11.º ano, com a integração de momentos, dentro do horário escolar (1T), de discussão, conversa e partilha de ideias com o envolvimento de alunos e professores, como é feito noutros países da União Europeia, como é o caso de Itália e da Alemanha. A falta de conhecimento da língua inglesa ainda é um problema, sendo que apenas 70% dos portugueses afirma conhecer uma segunda língua e apenas 27 desses 70% afirma dominar a língua inglesa de forma fluente;
2.ª - Julgamos que um aluno não deve ser definido apenas por um número, a sua classificação, mas também por um conjunto de outras competências, tais como os seus níveis de empenho, dedicação e interesse num determinado curso, algo que consideramos extremamente importante principalmente num país que tem falta de profissionais nas mais distintas áreas. Não apenas porque aqueles que conseguem um lugar encontram melhores oportunidades no estrangeiro, mas também porque quem fica no país não tem oportunidade de aceder ao ensino superior apenas porque não tem classificações para isso. No entanto, pode até ter mais vocação para uma certa área do que outros que entraram no curso pela classificação. Observamos os países que nos são mais próximos como o Reino Unido ou Espanha prezam bastante pelas entrevistas para averiguar as capacidades e vocações de cada um dos candidatos ao ensino superior;
3.ª-O índice de pobreza em Portugal, (Observatório das Desigualdades, informação de 2022) é de 41,8%, correspondendo, quase a metade da população. É, por isso, a escola um instrumento fundamental para a alteração destes resultados e para constituir em Portugal uma sociedade igual, pois desigualdades económicas levam também a desigualdades sociais. Acreditamos que a criação desta disciplina, no 12º ano, cujo o objetivo é dotar os alunos de conhecimentos básicos acerca de pagamentos de impostos, criação e gestão de poupanças, gestão das suas finanças pessoais e na realização de investimentos responsáveis, seja absolutamente essencial para mitigar a pobreza no país. Portugal continua mal classificado nos estudos estatísticos sobre a literacia financeira e conhecimentos económicos conduzindo à degradação da economia/endividamento das famílias

Medidas Propostas

1. Novo currículo para a disciplina de Inglês - 1 tempo por semana para a comunicação oralidade.
2. Revisão dos métodos de entrada para o Ensino Superior.
3. Disciplina de Educação Financeira no 12.º ano de escolaridade - em formato (obrigatório/facultativo).