PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Colégio de Stª Doroteia


Exposição de motivos
Num momento em que tantas conquistas sociais e tantos valores estão a ser postos em causa a nível mundial, é fundamental recordar o nosso papel na construção de uma sociedade mais justa, democrática e respeitadora da diversidade. Nesse sentido, as escolas são o espaço ideal para a discussão deste tema e para serem elas próprias espelho da sociedade que queremos. Assim, que caminhos podemos trilhar para uma escola mais plural e participativa?
Efetivamente, consideramos essencial o estabelecimento de um sistema de avaliação mais equitativo, que valorize as diferentes dimensões e competências do Aluno, que não fique circunscrito à teoria, mas que explore as potencialidades dos projetos e as valências práticas de cada disciplina. Além disso, acreditamos que a valorização das competências práticas dos Alunos no sistema dito regular evitará a escolha de uma vertente profissional, muitas vezes desvalorizada pela sociedade, e apenas entendida como única saída possível para jovens com uma clara orientação para os contextos concretos e para uma proficiência prática. Em suma, queremos que o Aluno seja o centro do processo de ensino-aprendizagem.
Nesta mesma linha de pensamento, julgamos que os Alunos devem ser cada vez mais participativos, contactando com o mundo exterior e preparando-se, assim, para o futuro que os espera. Mais ainda, é crucial que conheçam a multiplicidade de contextos sociais e culturais, a fim de serem mais inclusivos e, consequentemente, respeitadores do Outro. Logo, o desenvolvimento de projetos interescolares, em distintas dimensões da sociedade e em diferentes áreas, irá promover a colaboração entre jovens e o alargamento dos seus horizontes. Veja-se como o projeto Parlamento dos Jovens tem a capacidade de congregar escolas públicas e colégios privados, com vista a um objetivo comum e sem que as suas diferenças sejam barreiras a uma participação equitativa. Não obstante o destaque que damos ao Aluno, não podemos esquecer outro interveniente em todo este processo, uma vez que não há bons Alunos sem bons Professores. Para tal, devemos valorizar a carreira docente, facto que, à data, não se verifica, nem no ensino público, nem no privado. O que observamos são Professores desgastados, desiludidos e com inúmeros constrangimentos à prática letiva e ao sucesso da sua profissão. Queremos uma mudança que leve ao bem estar dos docentes e que poderá passar por diversas medidas – extensões de contratos, salários mais dignos, subsídios de deslocação, acompanhamento médico e psicológico gratuito e maior facilidade na progressão na carreira. Tudo isto tornará esta profissão, tão digna no passado, novamente atrativa para os estudantes. Deixaremos de ter escolas sem Professores, Alunos sem aulas e um País sem perspetivas de futuro.Por fim, e não esquecendo o momento celebrativos dos 50 anos de Abril, destacamos o papel que cada um tem na transformação da realidade e do seu valor único e insubstituível nesta que se pretende ser uma escola plural.


Medidas Propostas
  1. Implementar um sistema de avaliação, de cada disciplina, mais equitativo e que valorize as diferentes competências de cada Aluno.
  2. Desenvolver projetos interescolares, em distintas dimensões da sociedade e em diferentes áreas, visando a colaboração entre jovens de diferentes contextos sociais e estudantis.
  3. Valorizar a carreira docente.