Exposição de motivos

Nos dias de hoje é notória a falta de interesse e consciência política dos jovens. A participação política é um direito conquistado em abril e um dever cívico, não podendo cair em esquecimento. Para que essa participação seja responsável e consciente, deve proceder-se a uma análise de informação, completa, imparcial e pertinente. Assim, a criação de plataforma apartidária universal, criada pelo ME, colocaria esses recursos à disposição dos jovens. O acesso a este recurso seria semelhante aos restantes elencados no domínio da CD , do site da DGE. É essencial começar, desde de cedo, a incutir nos alunos o valor do direito à participação política, pois, ele é um dos pilares da democracia.
Todos sabemos que o mundo está em constante evolução. A educação deve acompanhar todas essas mudanças. É imperativo um currículo mais adaptado às necessidades do mercado de trabalho, às skills que este exige, nomeadamente, espírito crítico, comunicação, relacionamento interpessoal, trabalho de equipa, pode ajudar a reduzir o abandono escolar e melhorar a empregabilidade dos jovens. Por outro lado, os alunos demonstram apreço por atividades de caráter mais prático. Propomos uma reestruturação abrangente do currículo escolar nos diferentes anos de escolaridade. No Sec. a educação política e a literacia financeira tornar-se-iam pontos-chave, fomentando a participação ativa dos jovens, a sua compreensão destas mesmas vertentes, de forma a desenvolver cidadãos responsáveis, informados e ativos na sociedade, minimizando os potenciais impactos negativos decorrentes de decisões financeiras imprudentes, como o endividamento excessivo e a má gestão financeira. Numa sociedade democrática, a inclusão é fundamental. É crucial que todos, independentemente de qualquer fator externo ou interno, se sintam bem na escola. Propomos a criação de Equipas de Acolhimento de forma a apoiar os alunos em fases mais desafiantes da sua vida escolar. Este grupo de trabalho integraria alunos e professores em processo de integração. Ao aplicar a medida 3 pretendemos: dar continuidade a projetos como Academia de Líderes Ubuntu e Escolas Sem Fronteiras; apelar ao voluntariado de alunos e professores garantindo o reconhecimento/ validação do referido trabalho no registo biográfico do voluntário; a inclusão de parceiros locais no grupo de trabalho, de modo a viabilizar a integração dos alunos estrangeiros na cultura portuguesa e o estreitamento das relações na comunidade; possibilitar a discussão livre de assuntos que suscitem curiosidade e/ou que inquietem os alunos de certa forma, contribuindo para o fortalecimento das relações entre pares.
Com esta medida pretendemos relações positivas, melhorar as competências de comunicação interpessoal, desenvolver a inteligência emocional, implementar atividades que reforcem a autoestima dos alunos e valorizar o direito de liberdade de expressão ao promover tertúlias/momentos de partilha de ideias .

Medidas Propostas

1. Criação de Plataforma Apartidária Universal - consistiria num site, da responsabilidade e gestão do ME, que englobaria, de forma simples e concisa, os ideais e medidas defendidos por cada partido. Esta teria como público-alvo os jovens portugueses, não invalidando o acesso dos restantes cidadãos à mesma. Esta pretende ser um espaço ativo, fidedigno, imparcial ao dispor dos jovens, facultando-lhes recursos que viabilizem a tomada de conhecimento, possibilitando, assim, escolhas conscientes.
2. Reestruturação do Currículo Escolar - esta reestruturação do currículo pressupõe uma abordagem prática dos conteúdos, com ênfase em palestras/seminários interdisciplinares de caráter obrigatório. A realização das palestras teria o apoio de convidados especializados e/ou testemunhos nas áreas em debate. Seria fundamental que pelo menos um destes seminários incidisse na abordagem do 25 de abril (antecedentes e consequentes) e respetivos valores, nomeadamente em relação à educação.
3. Criação de Equipas de Acolhimento, Integração e Apoio - Equipas que têm por objetivo a receção e acompanhamento de alunos em processo de adaptação. Este grupo de trabalho integraria tanto alunos que frequentam a escola há algum tempo como alunos recém-chegados, de nacionalidade portuguesa e/ou estrangeira, que se encontrem em processo de adaptação/ integração.