PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Básica e Secundária Padre António Morais da Fonseca, Murtosa


Exposição de motivos
O programa “Segunda Casa – dar voz aos alunos” pretende, fundamentalmente, que os alunos tenham uma participação mais ativa nas decisões da comunidade escolar, bem como maior liberdade de iniciativa, tornando-a num espaço que seja mais dos alunos e que tenha capacidade de acolhimento. No âmbito do programa, defendemos a concentração dos processos de aprovação de iniciativas dos alunos na direção escolar, agilizando esses processos e facilitando a promoção de iniciativas dos alunos. Em simultâneo, devem ser promovidas pela escola mais atividades que coloquem os alunos em posições de coordenação e liderança, permitindo-lhes, para tal, beneficiar plenamente dos recursos que a escola dispõe. Sempre que pertinente, estas atividades devem envolver a comunidade extraescolar ou entidades locais (Ex: autarquia, empresas locais, IPSS’s). O programa prevê, ainda, a realização de reuniões com todos os delegados de turma, o representante dos alunos no CG da escola e o psicólogo escolar, a decorrer mensalmente, com o fim de rastrear as necessidades e problemas existentes entre os alunos.
A profissão de professor tem vindo a ser altamente desvalorizada. Se, por um lado, o fator remuneratório é uma causa conhecida deste fenómeno, a excessiva carga burocrática e os crescentes casos de desrespeito grave por estes profissionais também contribuem para que a geração mais jovem se afaste da profissão, sendo estas causas muitas vezes esquecidas. Neste sentido, defendemos que o Ministério da Educação deve criar uma plataforma digital única para os professores, serviços administrativos e direção escolar, que condense as informações dos alunos, entre outras informações úteis ao trabalho destes, salvaguardando a privacidade dos dados, facilitando o trabalho dos professores. Sugerimos ainda que sejam revistos os vários documentos que os professores necessitam de redigir para entidades superiores, reduzindo esse número ao mínimo indispensável ao correto funcionamento da atividade escolar. Defendemos, ainda, a elevação a crime público da agressão ao professor.
Os conteúdos atualmente lecionados no ensino obrigatório apresentam uma elevada carga teórica que, frequentemente, leva os alunos a não os compreender, ou a rejeitá-los por não perceber a sua utilidade. Para combater este fenómeno, propomos uma maior interligação dos conteúdos teóricos com a realidade quotidiana e profissional onde esses mesmos conteúdos são aplicados, dando exemplos e dando maior ênfase à aquisição de competências essenciais à vida profissional, aumentando avaliações informais que afiram o desenvolvimento das mesmas, como avaliações orais. Defendemos, ainda, que o debate entre alunos deve ser incentivado enquanto abordagem de conteúdos. Em suma, defendemos que a abordagem prática e de ligação com a realidade exterior à escola deve ser mais valorizada no seio dos currículos, equilibrando a importância da vertente teórica com a vertente prática, motivando, assim, os alunos a uma melhor aprendizagem.


Medidas Propostas
  1. Criação do programa “Segunda Casa – dar voz aos alunos”
  2. Desburocratização e valorização da profissão de professor
  3. Aumento da componente prática e de debate dos currículos