PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas de Teixoso, Covilhã


Exposição de motivos
1. Com a revolução do 25 de Abril de 1974 e a consequente descolonização, começaram a chegar às nossas escolas alunos oriundos das colónias africanas; na década de 90 do século XX, com a dissolução da União Soviética chegaram alunos provenientes de países que fizeram parte daquele bloco (ucranianos, romenos, moldavos…), já no século XXI têm chegado alunos da américa latina. A todos estes se vêm juntando alunos orientais. Hoje, quase todas as nossas escolas são multiculturais, algumas com alunos de cinco continentes, várias dezenas de nacionalidades e línguas maternas.
No meio de tão grande diversidade étnica e cultural nem sempre a integração é feita da melhor forma.
Considerando que a escola deve ser um lugar de aprendizagem e integração onde todos se sintam valorizados e integrados; considerando que as culturas são muitas e nenhuma é superior a outras, propomos:
2. Há nas nossas escolas alunos com pouca apetência para as disciplinas teóricas e para quem a frequência da escola é um “fardo pesado”. Muitos destes alunos não se sentem integrados, nem valorizados. Vão transitando de ano de escolaridade à custa da aplicação de medidas, umas atrás de outras, mas cujo sucesso é muito discutível. No entanto, muitos destes alunos têm apetência por atividades práticas que nem sempre a escola aproveita e desenvolve por falta de recursos. Além disso, devemos considerar que para além de professores, médicos, economistas, gestores e engenheiros, o país necessita muito de pedreiros, carpinteiros, eletricistas, mecânicos, serralheiros, etc… que para serem bons profissionais não necessitam de saber enunciar as regras de gramática, cujas aptidões e competências deveriam ser desenvolvidas desde muito cedo.
: Considerando que a escola não valoriza nem desenvolve convenientemente as aptidões destes alunos propomos:
3. A escola não conseguirá cumprir a sua missão se não dispuser de um número suficiente de profissionais (professores, técnicos, auxiliares…) Como é do conhecimento público, a dimensão das turmas, com um número elevado de alunos e com características muito diferentes não contribui para que as aprendizagens se façam da melhor forma. Todos compreendemos que nas turmas pequenas os professores podem apoiar mais eficazmente os alunos e as aprendizagens se fazem de melhor forma e são mais consolidadas.
Considerando que a educação/instrução é o melhor investimento que podem fazer por nós, jovens; considerando que profissionais bem formados são a garantia de termos no futuro profissionais mais competentes e produtivos; considerando que é na escola que se devem desenvolver as nossas competências, propomos:


Medidas Propostas
  1. a) que se institua a realização anual de uma Semana Intercultural, dividida em dias por cultura, em que alunos de origem estrangeira e seus familiares possam mostrar (e sejam incentivados a fazê-lo) elementos das suas culturas (música, religião, literatura, astronomia...). b) propomos ainda que em cada dia as refeições servidas nas cantinas sejam de pratos típicos dos países de origem desses alunos.
  2. a) Que logo a partir do 2º ciclo se crie uma via vocacional/profissionalizante independentemente da idade dos alunos; b) Que esta via de ensino tenha menos horas de aulas teóricas, que estas disciplinas sejam lecionadas na ótica do utilizador, e maior número de aulas práticas; c) Que as escolas disponham de oferta de aulas práticas de várias áreas: jardinagem, madeiras, eletricidade e eletrónica, mecânica, robótica etc, sendo estas opcionais.
  3. a) A redução do número de alunos por turma; b) A consequente contratação de mais professores, técnicos de várias áreas profissionais e auxiliares: c) Criação de oficinas, devidamente equipadas, de várias áreas de modo a dar resposta aos interesses de todos os alunos.