Exposição de motivos

A primeira medida que sugerimos, é incluir nos currículos escolares do sistema educativo português a Educação Financeira, pois verificamos que os projetos que se desenvolvem nesta área, em particular em Cidadania e Desenvolvimento, não são suficientes. Poderá desenvolver-se como disciplina autónoma, uma vez que no âmbito da flexibilidade curricular é possível, ou, que se inclua, por exemplo, na Matemática. Esta nossa medida justifica-se porque, verificamos, enquanto jovens, que há termos associados ao sistema financeiro que não dominamos, e, também concluímos, que a maioria dos jovens não estão preparados para lidar com decisões financeiras responsáveis. Num artigo de opinião da Visão, de 18/10/2023, escrito por Sérgio Cardoso, este refere que " Os licenciados podem ser excelentes nas áreas que escolheram, mas muitas vezes não sabem como fazer um orçamento, investir, poupar para a reforma ou compreender as implicações do crédito. Esta falta de conhecimentos leva, muitas vezes, a uma má tomada de decisões, a um stress financeiro e a um caminho mais longo para a independência. " Ou seja, quanto mais cedo aprendermos, poderemos ser mais conscientes e responsáveis para com os nossos pais e, futuramente, com as nossas próprias famílias.
A segunda medida visa, essencialmente, dotar os agrupamentos de escolas de autonomia, para contratualizar a melhor empresa/operadora de telecomunicações para reforçar digitalmente as escolas. As escolas continuam com problemas no acesso à internet, e, as formas de resolução por parte do ministério, não são eficazes. Isto é, sabemos que a cobertura de rede é diferente entre as operadoras e nas diferentes regiões do país, e, não faz sentido que seja o ministério da educação a decidir qual a operadora, até porque sabemos que todas elas estão representadas. Se a cobertura de rede no meu agrupamento é melhor numa operadora de telecomunicações, porque temos de ter routers de todas as operadoras, quando sabemos que em algumas o acesso à rede é mais escasso. Esta situação, com toda a certeza, deverá será ainda mais grave em algumas escolas do interior, razão pela qual, achamos que seria mais benéfico ser as direções das escolas a decidirem.
A terceira medida, acreditamos que já possa existir em algumas escolas/agrupamentos, contudo, como não existe no nosso, consideramos que deveria ser obrigatório para todas ou todos. Ao criar-se o dia da escola/agrupamento, a comunidade educativa e local, poderiam desenvolver atividades, que permitisse divulgar o que os alunos desenvolvem em termos de aprendizagens e, de que forma estas aprendizagens podem ser relevantes para a região em que se insere, enquanto a comunidade local (representada, por exemplo, pela junta de freguesia e outras instituições) apresentam atividades que justificam o impacto que a escola/agrupamento tem na comunidade. Ao desenvolvermos estas atividades estamos a contribuir para a melhoria dos resultados dos alunos e a promover a um maior desenvolvimento social.

Medidas Propostas

1. Implementação obrigatória da educação financeira nos currículos escolares
2. Reforço digital das escolas
3. Criação do dia da escola/agrupamento