Exposição de motivos

As comemorações dos 50 anos do 25 de abril festejam a revolução contra um regime autoritário que aprisionava a liberdade de expressão, promovia um estado de guerra, não conhecia a palavra tolerância, praticava a exclusão e a desigualdade entre cidadãos.
Atualmente, a juventude é privilegiada por viver num estado democrático, à luz da Constituição da República Portuguesa que consagra, entre muitos outros direitos, princípios e valores, o acesso à educação, a liberdade de expressão e o respeito pela tolerância e inclusão de todos os cidadãos.
Neste contexto, e como pressuposto, os jovens estudantes devem conhecer e compreender a história política do país, os documentos orientadores, como a Constituição e, neste particular, os documentos orientadores da sua escola, para melhor refletir sobre o que os rodeia. De facto, a participação dos jovens estudantes em projetos como o Parlamento dos Jovens é o verdadeiro exemplo da democracia plural e participativa. Incentiva os alunos a exercer uma cidadania ativa, enquanto membros de uma comunidade escolar e educativa, a refletir sobre o seu futuro e o futuro do país, demonstrando que as suas ideias e opiniões são válidas na resolução dos problemas da sociedade, enquanto cidadãos, apesar da idade e formação académica.
Por outro lado, aqueles que tendem a desconhecer ou a ignorar a importância das conquistas de abril, as condicionantes e consequências de um regime ditatorial, podem facilmente enveredar por caminhos tortuosos do passado que se querem fechados. Por isso, os jovens têm de se informar, conhecer as diversas ideologias políticas e estar atentos aos movimentos políticos extremistas que possam colocar em causa a democracia portuguesa.
Conclui-se, portanto, que é importante que os alunos prossigam e alarguem o caminho “Viver abril”, rasgado há 50 anos, propondo medidas que defendam uma escola mais plural e participativa e, por conseguinte, uma sociedade mais justa e desenvolvida. Apresentam-se as seguintes propostas.

Medidas Propostas

1. Criação de um gabinete de apoio ao/à aluno/a estrangeiro/a: Propõe-se a criação deste gabinete, composto por técnicos de diversas áreas da sociedade, devido ao aumento de alunos/as estrangeiros/as no nosso país e, em particular, na nossa região; pelas dificuldades inerentes à integração numa nova sociedade e comunidade escolar; pelas barreiras linguísticas e eventuais choques culturais que importam ultrapassar ou dirimir para uma melhor inclusão da comunidade imigrante.
2. Encontros interescolares: Propõe-se estes encontros, presenciais ou online, para partilha de boas práticas escolares sobre educação inclusiva, aprendizagens criativas, bem como atividades ludopedagógicas que promovam uma escola plural e participativa e o desenvolvimento pessoal e social dos alunos.
3. Alargamento da oferta das atividades extracurriculares: Maior diversificação de atividade extracurriculares que vão ao encontro dos interesses dos alunos, que promovam a uma verdadeira inclusão dos mesmos na escola, como fator potenciador do desenvolvimento das competências pessoais e sociais da comunidade estudantil.