Exposição de motivos

O tema "Viver Abril na Educação: caminhos para uma escola plural e participativa" é uma ótima oportunidade para promover o debate e reflexão sobre a Revolução dos Cravos em Portugal e os valores democráticos, bem como a importância de aprender com o passado para construir um futuro melhor.
Esta Revolução trouxe consigo não apenas a liberdade política, mas também a esperança de uma sociedade mais justa e participativa.
No contexto educacional é primordial refletirmos, desde cedo, sobre a importância da democracia e o “espirito de abril” na construção de uma escola/sociedade plural e participativa, capaz de formar cidadãos críticos e comprometidos com os valores democráticos.
O conceito de “democracia” vai muito além de uma simples definição nos livros didáticos escolares. Mais do que conhecer teoricamente o “conceito”, torna-se assaz fundamental que os jovens vivenciem, desde cedo e na prática, os princípios basilares desse sistema político. As atividades escolares devem oferecer oportunidades concretas para que os alunos participem ativamente nos processos democráticos e entendam que as “as suas vozes” têm importância. Isso pode incluir simulações de eleições, debates em sala de aula, formação de “conselhos estudantis” e discussões sobre questões atuais que envolvam a tomada de decisões coletivas, promovam a igualdade, o respeito por opiniões divergentes, pelo direito à “diferença”, promovendo a tolerância, a responsabilidade cívica, ou seja preparando-os para o exercício consciente da cidadania.
As três medidas apresentadas pela Escola Básica do Monte de Caparica visam algumas alterações no paradigma de Ensino/Educação vigente. A Escola que desejamos promove a formação de cidadãos, cada vez mais informados, comprometidos e proativos, na construção de uma sociedade que defenda os ” valores democráticos de Abril”.

Medidas Propostas

1. Criação de legislação que permita a constituição de conselhos estudantis - “A voz dos Alunos” -, em todas as escolas, de forma a que os alunos sejam ouvidos e possam participar democraticamente na vida escolar.
2. Redução da carga horária letiva de modo a que os alunos usufruam de mais tempo para participar em debates, Workshops, seminários, exposições culturais e recreativas, entre outras.
3. Estabelecimento de parcerias com a comunidade local, organismos estatais e outros, por forma a envolver os estudantes na construção dos alicerces de uma sociedade civil mais proativa.