Exposição de motivos

1.ª medida:
Atualmente, as escolas recebem muitos alunos oriundos de outros países, devido à forte emigração. Estes alunos têm disciplinas distintas dos seus países de origem, sentindo, por isso, dificuldades não só ao nível das aprendizagens mas também ao nível de integração e de inclusão na escola.
Do mesmo modo, cada vez os alunos portugueses evidenciam mais dificuldades em diversas disciplinas. Esta situação provoca receios e ansiedades que prejudicam o desempenho.
Propomos a colocação de mais professores nas escolas e a implementação de programas de mentoria. Deste modo, tanto professores como alunos (mais velhos ou com mais facilidades na aprendizagem) ajudam na superação das dificuldades e na integração dos alunos estrangeiros e dos alunos que apresentam mais dificuldades.
2.ª medida:
Para promover a integração e a inclusão de alunos na escola é fundamental que haja um ambiente acolhedor e que respeite a individualidade de cada um.
Através dos clubes, projetos e parcerias com a comunidade local, podem desenvolver-se atividades de consciencialização para combater estigmas e preconceitos. Também, podem ser dinamizadas atividades e visitas de estudo para que todos os alunos possam conhecer e partilhar aspetos da história, da língua e da cultura como as tradições, a gastronomia, os hábitos e costumes.
Desta forma, cria-se um ambiente mais inclusivo e os alunos sentem-se mais valorizados e apoiados quer ao nível escolar quer social.
3.ª medida:
É muito difícil, no final do 9.ºano, os alunos decidirem a área a frequentar no ensino secundário. Muitos alunos ficam desmotivados e com vontade de abandonar a escola por não se identificarem com todas as disciplinas dos cursos que têm que escolher. Além disso, a família e a sociedade nem sempre vê com agrado a escolha de um curso profissional (ainda há muitos preconceitos em relação a estes alunos).
A escola deve promover a inclusão de todos os alunos, preparando-os para se adaptarem às mudanças da sociedade, independentemente do percurso que façam. Todas as escolhas devem ser valorizadas e reconhecidas pela sociedade.
Propomos que, no 10.º ano, os alunos escolham as disciplinas de acordo com as suas preferências e que acham mais adequadas para o que querem fazer no futuro. Deste modo, o sistema de ensino deveria ter uma formação mais geral que proporcionasse uma base sólida em diferentes áreas, para os alunos que pretendem seguir o ensino superior, e uma formação mais profissionalizante para os alunos que gostassem de ter atividades mais práticas e experiências profissionais, de acordo com um ofício a seguir no mercado de trabalho. Só no 11.º ano, os alunos tomariam a sua decisão sobre o seu percurso, escolhendo uma via mais específica.

Medidas Propostas

1. Colocar mais professores nas escolas e implementar programas de mentoria para apoiar os alunos estrangeiros e os alunos que apresentam mais dificuldades.
2. Fomentar a inclusão, a união e a participação dos alunos na comunidade escolar, através da sua integração em clubes, projetos e parcerias com a comunidade local.
3. Reformular o sistema de ensino de forma a que os alunos possam tomar a decisão sobre o seu percurso formativo no início do 11.º ano, seguindo uma formação mais geral ou profissionalizante.