Exposição de motivos

“Viver Abril na educação: caminhos para uma escola plural e participativa.”
Esta temática é, sem dúvida, muito pertinente, pois mesmo após o 25 de Abril e as mudanças consequentes de tal evento, continua a observar-se uma segregação social, embora menor, tanto na sociedade como nas escolas, tais como o racismo, a marginalização de pessoas incapacitadas física e/ou psicologicamente, a exclusão dos estrangeiros, entre outros.
Este projeto vai proporcionar oportunidades para que, nós alunos, participemos ativamente na melhoria do ensino português. Antes do 25 de abril, mais precisamente nos anos 30, a escola salazarista impunha aos alunos valores que eram defendidos pelo regime político de então, tais como “Deus, Pátria, Família”. Ninguém podia ir contra esses valores e nas escolas às crianças apenas eram ensinados esses princípios. A educação durava três anos para as meninas e quatro anos para os meninos, logo após esses três/quatro anos, os meninos iam trabalhar para o campo e as meninas dedicavam-se à lida doméstica, situação continuamente verificada nas décadas seguintes. As escolas eram separadas por géneros, as meninas para um lado e os meninos para o outro. Outros graus de ensino estavam apenas disponíveis para os privilegiados, e as universidades eram para uma pequena elite. Felizmente as coisas mudaram e atualmente já não observamos esta realidade, mas ainda assim, o ensino português tem muito que evoluir. Este tema é muito abrangente, pois pode refletir-se em todas as faixas etárias e de qualquer forma, não existe uma solução definitiva, porém, com as nossas propostas pretendemos reduzir o desequilíbrio da sociedade perante este problema.
1. ª Medida: Adaptar os espaços construídos aos alunos de mobilidade reduzida de modo a que todos possam circular sem qualquer tipo de constrangimento.
2. ª Medida: A sua missão passa por desenvolver nos Agrupamentos Escolares, equipas multidisciplinares que tenham como missão apoiar todos aqueles que tenham dificuldades em se integrar na dinâmica da sua turma/escola, de modo a que a Escola seja um lugar em que todos se sintam confortáveis.
Pretende-se dar especial atenção à integração de alunos oriundos do estrangeiro. A crescente procura do sistema educativo por alunos oriundos de países estrangeiros, tem demonstrado que estes têm dificuldade em se adaptar à nova realidade escolar. Estas dificuldades vão para além das questões do domínio da língua, sendo muitas vezes do domínio da adaptação à cultura e aos hábitos dos portugueses.
3. ª Medida: Este órgão deverá reunir com regularidade e nele deverão ser discutidas tanto as questões que preocupam os alunos, como também os temas que os diretores entendam necessitar do envolvimento dos alunos.

Medidas Propostas

1. Criação de um observatório de monitorização, nas escolas, sobre a adaptação de espaços para pessoas com mobilidade reduzida.
2. Criação de uma “mediadora escolar” para prevenção da solidão e isolamento social.
3. Dinamizar um órgão consultivo nas escolas em que tenham assento representantes de todos os grupos turma.