Exposição de motivos

Num mundo em constante transformação, o papel das instituições de ensino é crucial na formação de cidadãos capazes de enfrentar os desafios e contribuir para uma sociedade mais inclusiva. O sistema de ensino público em Portugal não é imune a estas mudanças e, por isso, propomos uma série de medidas que respondem de forma proativa às necessidades emergentes dos nossos alunos, buscando a construção de uma escola mais inclusiva e participativa.
Vivemos numa era de globalização, caracterizada por migrações que enriquecem a composição das nossas salas de aula. A primeira medida proposta consiste na criação de turmas de língua portuguesa dedicadas exclusivamente a alunos estrangeiros recém-integrados. Este ajuste permitiria que esses alunos dedicassem um ano letivo exclusivamente à aprendizagem da língua portuguesa, promovendo uma rápida assimilação do idioma do país de acolhimento. Esta abordagem não só facilita a integração social e escolar, mas também promove um ambiente de aprendizagem que valoriza a diversidade linguística e cultural.
A segunda medida, que versa sobre a diversificação das ementas nas cantinas escolares, reflete a crescente consciência em torno das diferentes necessidades alimentares dos alunos. Ao oferecer opções vegetarianas, veganas, sem glúten, sem lactose, sem açúcar, entre outras, não estamos apenas a adaptar-nos a preferências individuais, mas também a promover hábitos alimentares saudáveis e conscientes. Garantir que estas opções sejam acessíveis a todos os alunos reforça o compromisso com a igualdade de oportunidades, assegurando que ninguém seja excluído com base nas suas escolhas alimentares ou restrições dietéticas.
A terceira medida, que propõe a oferta gratuita de lanches a todos os alunos de todos os ciclos de ensino, fundamenta-se na compreensão de que a nutrição adequada desempenha um papel crucial no desempenho escolar e no bem-estar geral. Ao eliminar barreiras económicas no acesso a lanches, estamos a criar um ambiente mais equitativo, onde todos os estudantes, independentemente das suas condições financeiras, têm acesso a uma nutrição adequada, promovendo assim uma base sólida para o aprendizagem, desenvolvimento integral e sucesso escolar.
Em síntese, estas medidas não são apenas respostas pragmáticas às mudanças sociais e culturais, mas representam um compromisso ético com a criação de um ambiente educacional que respeita e valoriza a diversidade em todas as suas formas. Ao adotar estas propostas, buscamos construir uma escola que vai além da transmissão de conhecimento, tornando-se um espaço de aprendizagem e convivência, que prepara os alunos para a complexidade e pluralidade da sociedade em que vivemos.

Medidas Propostas

1. As escolas deveriam criar turmas de língua portuguesa especificamente para os alunos estrangeiros, que acabaram de ser integrados no país, para que pudessem dedicar um ano letivo apenas à aprendizagem da língua portuguesa (ficando dispensados de frequentarem as outras disciplinas), de modo a dominarem mais rapidamente a língua do país de acolhimento, garantindo a sua integração social e escolar.
2. As cantinas escolares deveriam oferecer uma maior diversidade de ementas, nomeadamente vegetarianas, veganas, sem glúten, sem lactose, sem açúcar, entre outras, e estas opções deveriam ser acessíveis a todos os alunos.
3. As escolas deveriam oferecer gratuitamente lanches (a meio da manhã ou da tarde) a todos os alunos de todos os ciclos de ensino.