Exposição de motivos

Que o 25 de abril de 1974 trouxe mudanças na Escola e no sistema educativo português é inegável. Que a Escola tem contribuído decisivamente para o progresso e o desenvolvimento do País e tem sido fator de melhoria e elevação cultural e cívica dos cidadãos também é inquestionável.
A luta pela erradicação do analfabetismo, a redução significativa das taxas de insucesso e abandono escolares, o alargamento da escolaridade obrigatória e gratuita, a criação de contextos de inclusão educativa, com respostas positivas e adequadas para muitas crianças e jovens com necessidades educativas especiais e o acesso de milhares de jovens ao Ensino Superior são conquistas alcançadas.
Mas teremos, em Portugal, uma Escola verdadeiramente plural e participativa? Uma Escola sem discriminação, pluralista, democrática, capaz de incorporar toda a população escolar?
Considerámos que existe ainda um longo caminho a percorrer para alcançarmos uma Escola mais democrática, mais ampla, mais aberta às diferentes culturas e comunidades.
Tendo em conta estas premissas, apresentamos as seguintes medidas que constam do Projeto de Recomendação da Escola Secundária de Azambuja:

Medidas Propostas

1. Promover a inclusão: contemplar no Plano Anual de Atividades (PAA) atividades que propiciem a Escola como tempo de vivência cultural e como espaço de produção cultural, tendo em conta os alunos estrangeiros e os alunos com necessidades educativas especiais;
2. Promover uma intervenção coletiva mais eficaz: realização de Assembleias de alunos regulares ao longo do ano letivo e a criação de um Conselho Estudantil que, juntamente com a Associação de Estudantes, debata temas como a diversidade, inclusão e o respeito mútuo;
3. Incentivar a uma participação ativa dos jovens no meio escolar: criação de um espaço virtual – “O Espaço Seguro” – para os alunos, anonimamente, compartilharem as suas ideias sobre temas diversos como os jovens e o mercado de trabalho, a sustentabilidade, ambiente, saúde mental, entre outros.