Exposição de motivos

Atualmente, nas escolas portuguesas, a saúde mental está a revelar-se um problema crescente e evidente aos olhos de todos. Manifestamente uma consequência da pandemia COVID-19 que tornou as pessoas menos dadas a relações interpessoais e, por consequência, menos capazes de resolver e ultrapassar dificuldades inerentes aos relacionamentos pessoais do dia-a-dia, com particular incidência nos jovens. Prova disso, são os diversos anúncios televisivos que procuram, cada vez mais, insistir nesta problemática (evidentemente, também à procura de benefícios comerciais). Apesar destas evidências, parece-nos que o Estado não está a considerar este problema como deveria e, por isso, dispomo-nos a apresentar um projeto de recomendação, contendo as medidas que consideramos importantes para debate, no sentido de tentar minimizar este problema, cada vez mais grave, que afeta muitos estudantes em todo o país, procurando contribuir para a sua rápida e eficaz resolução.

Medidas Propostas

1. Disponibilidade de mais psicólogos, fundamentalmente nas escolas (para os alunos) mas também nos Centros de Saúde (para as famílias), ou atribuição de um cheque de psicologia por família, uma vez que muitas pessoas não recorrem a ajuda especializada por falta de condições económicas.
2. Implementar a obrigatoriedade do tema “Saúde Mental” nas Escolas, quer seja na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento ou através de palestras/debates/apresentações promovidos e orientados pelo Gabinete de Psicologia, de modo a chegar a todos os anos de escolaridade.
3. Criação de um "Safe Space" (Espaço Seguro) em cada Escola onde os alunos poderiam ajudar-se mutuamente ao falar abertamente sobre qualquer assunto que os preocupe, com a orientação do Gabinete de Psicologia.