PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária Conde de Monsaraz, Reguengos de Monsaraz


Exposição de motivos
As medidas que foram apresentadas pela Escola Secundária Conde de Monsaraz procuram
responder a um problema cada vez mais comum e cada vez mais agravado: as doenças mentais.
Sabendo que os problemas não surgem do zero e que são progressivamente estimulados por
diversos agentes no decorrer da vida, é importante em idades iniciais fazer-se uma abordagem a
estes, isto tendo em conta que personalidade e identidade são conceitos que se vão desenvolvendo
desde os primeiros contactos sociais, nos mais diversos sítios, sobretudo na escola e em casa. Como
se sabe, a escola pode ser um espaço difícil de se adaptar. A existência de diferentes mentalidades e
comportamentos podem dificultar o desenvolvimento de relações sociais, culminando em casos de
isolamento e de inúmeras doenças, como a depressão. De forma a combater esses problemas, que
podem ser esquecidos e normalizados por parte de muitos jovens, as escolas devem tomar medidas
de forma a ajudar a ultrapassar tais dificuldades. Por isso, com a ajuda do psicólogo/a escolar e em
articulação com os psicólogos municipais, rastreios poderiam ser executados a alunos que se
encontrassem em anos de mudança, seja de ciclo ou de escola, se fosse o caso.
Sendo continuação da 1ª medida apresentada, os jovens que apresentassem resultados que os
psicólogos identificassem como potencialmente perigosos para o bem-estar mental seriam
encaminhados para organismos onde pudessem praticar voluntariado, além de receber o apoio
mental devido. A prática de voluntariado seria benéfica para ambas as partes. Instituições
receberiam colaboradores, sempre importantes, enquanto que os jovens poderiam desenvolver a
sua parte mental, com a execução de atividades variadas e que acabassem por amenizar
sentimentos ou pensamentos mais negativos. A escolha da instituição a trabalhar seria feita tendo
em conta a idade, situação e proximidade aos locais que se disponibilizassem a recolher possíveis membros.
A 3ª medida proposta baseia-se na deslocação dos psicólogos ao dispor da câmara municipal às
localidades/ bairros sem este tipo de apoio. Como se sabe, muitos são os jovens que apresentam
problemas do foro mental que não revelam estes problemas ao/à psicólogo/a escolar, muitas vezes
levados pela vergonha e, em certos casos, não existe compatibilidade de horários entre alunos e o/a
responsável. Desta maneira, como são vários os jovens que vivem fora dos espaços citadinos e que
estão condicionados pelo horário do transporte público em consequência da definição das horas de
aulas, os organismos responsáveis deveriam procurar oferecer uma solução que poderia
salvaguardar a saúde destes. De forma mensal, o profissional podia deslocar-se durante um
determinado período de tempo e numa data fixa (à responsabilidade de cada câmara) a esses locais
de maneira a que a camada mais jovem, que de forma voluntária sentisse que devesse ter
acompanhamento, pudesse ver resolvidos as diversas dificuldades em que se encontrasse.


Medidas Propostas
  1. Realização de sessões escolares visando o rastreio de possíveis doenças mentais nos anos de transição escolar (2ºciclo, 7º e 10º ano)
  2. Organização em instituições públicas e privadas, em articulação com os organismos municipais, de ações de voluntariado com a participação de jovens com problemas mentais.
  3. Deslocação de psicólogos municipais a localidades concelhias sem o apoio psicológico permanente, de forma mensal.