PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas de Vila Viçosa


Exposição de motivos
A saúde mental é, de uma forma objetiva, manter o equilíbrio nas várias vertentes do nosso quotidiano (pessoal, familiar, profissional, escolar e social).
Atualmente, um dos principais aspetos que provoca o desequilíbrio na saúde mental dos jovens é a incapacidade de gerir o seu tempo perante as diversas exigências e expectativas que a sociedade impõe, nomeadamente em contexto escolar. Desde os seis aos dezoito anos, que o contexto escolar é um dos principais meios de socialização, onde construímos a nossa identidade e criamos as raízes para a integração na vida adulta, algo que é indissociável da saúde mental. Para sermos funcionais necessitamos de bases que permitam um equilíbrio mental, nas várias vertentes do nosso quotidiano. É nas fases da infância e da adolescência. quando passamos a maior parte do tempo na escola, que desenvolvemos mecanismos mentais que vão permitir tornarmo-nos saudáveis mentalmente e com a capacidade de lidar com os obstáculos e/ou conflitos próprios das nossas vivências. Consideramos que um dos problemas de saúde mental mais comum nos jovens portugueses, no contexto escolar, é a ansiedade, que por vezes, poderá resultar em problemas mais graves como a depressão, distúrbios alimentares, adição a substâncias ilícitas entre outros. É nesta linha de pensamento que apresentamos as nossas medidas, focando a necessidade de salvaguardar o equilíbrio da saúde mental em contexto escolar.
- a redução do número de avaliações sumativas e classificatórias por semana: pretende-se assim diminuir a ansiedade (muito presente nos momentos de avaliação onde os jovens têm tendência a exigir muito de si próprios ou lhes é exigido muito), permitir uma melhoria gestão do tempo e, consequentemente, uma melhoria do desempenho escolar;
- redução da carga horária, que automaticamente vem com uma reforma do ensino. Segundo estudos realizados pela OCDE, Portugal é um dos países onde os alunos têm uma carga curricular maior, acima da média dos países da OCDE. Contudo os resultados escolares ficam aquém da média (ou seja, o fato de passarmos muitos tempo dentro da sala de aula não é sinal de um excelente desempenho escolar, pelo contrário) . Consideramos que, a forma como se ensina e o que se ensina em Portugal, deve ser repensado, atendendo a esta problemática (ausência de saúde mental) e as necessidades reais dos jovens tendo em perspetiva um futuro profissional promissor.
- Segundo os dados da OMS, 50% dos problemas da saúde mental surgem na adolescência (14 anos). Sendo os pais aqueles que melhor conhecem os seus filhos e que maior contacto mantém com eles, pensamos ser importante estes estarem ao correntes e elucidados sobre os problemas, causas, sintomas e consequências da ausência da saúde mental e neste sentido.


Medidas Propostas
  1. Alterar o número máximo de avaliações sumativas semanais. Propomos que de 3 se passe apenas para 2, uma vez que existe muita pressão, que gera ansiedade a muitos alunos que normalmente se encontram sem tempo para estudar tudo o que necessitam.
  2. Redução da carga horária escolar / curricular.
  3. Realização de ações de sensibilização (frequentes e inseridas num plano nacional de informação sobre saúde mental) dirigida aos encarregados de educação e/ou aos Pais, para abordar e refletir sobre os problemas de saúde mental, prevenindo para os sinais ou comportamentos geradores de desequilíbrio mental e a que estes devem estar atentos.