PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária de Oliveira do Hospital


Exposição de motivos
O mundo contemporâneo obriga a lidar diariamente com complicações causadas pelo intenso ritmo de vida. Ao bem-estar em que um indivíduo se apresenta para lidar com esses stresses, a sua qualidade de vida e o modo como trabalha, pensa e sente é entendido como saúde mental.
Em relação aos jovens, a saúde mental implica pensar em aspetos de crescimento e desenvolvimento: ter um conceito positivo sobre si, ter a capacidade para lidar com os pensamentos e emoções, quanto para construir relações sociais.
No entanto, como estará a saúde mental dos jovens portugueses? Segundo o mais recente estudo fundado pela HBSC study (Health Behavior in School-aged Children study) com a colaboração da Organização Mundial de Saúde, que contou com a participação de cinquenta e um países, Portugal apresenta adolescentes cada vez mais infelizes. Para podermos analisar o que isto significa, os jovens entre onze e quinze anos, em comparação com 2018, tiveram uma descida quanto à satisfação com a sua vida assim como a perceção de felicidade. Pode não parecer uma grande diferença, mas, em apenas quatro anos, verificou-se um aumento de 18,3% de adolescentes infelizes para 27,2%. Como podemos permitir que mais de um quarto dos nossos adolescentes se encontrem tão desmoralizados? O impacto de tais fatores nestas idades acarreta consequências descomunais. Afinal, como será possível florescer em condições que não são propícias? Eventualmente, esta decadência da saúde mental levará, não em todos os casos, é claro, a um provável insucesso escolar e consequentemente afetará oportunidades no seu futuro.
De acordo com Tânia Gaspar, coordenadora do estudo em questão em Portugal, “Nunca notamos tanta diferença em vários indicadores”. Claro que fatores como a pandemia e a dificuldade económica do momento têm um papel marcante em tais números, no entanto será que seriam assim tão diferenciados caso nada disto tivesse ocorrido? Será que os números não aumentariam? Os resultados desde 1998 sugerem o contrário, os aumentos têm sido constantes.
É fundamental que o nosso país articule melhor os serviços de saúde e as escolas de modo que cada vez seja mais fácil prevenir e ajudar aqueles que realmente precisam. É necessária uma normalização desta “tão medonha” saúde mental, afinal, entre pedir ou não ajuda está muitas vezes o estigma, o preconceito e o medo, sentimentos que devem ser descartados por todos nós quando está algo tão importante “em jogo”.
Concluindo, a saúde mental é um tema importante no nosso dia-a-dia, é importante ser discutido sem nenhum estigma para que gerações futuras tenham uma educação que reconheça a importância da saúde mental tanto quanto a saúde física.


Medidas Propostas
  1. Implementar na formação dos professores e funcionários um conhecimento mais aprofundado do tema saúde mental, podendo haver ainda formação online para todos os cidadãos, destacando os jovens.
  2. Criação de um clube de mindfulness.
  3. Regularidade e obrigatoriedade de sessões com psicólogos escolares, em início de ciclo.