Exposição de motivos

Sabendo que uma boa saúde mental nos jovens, nomeadamente, na fase da adolescência, é de crucial importância para a uma vida adulta saudável e para o próprio bem-estar dos jovens, protegendo-os desta forma de fatores que possam colocar em risco a sua saúde, quer física quer mental, e porque os números dos estudos realizados demonstram que a saúde mental dos jovens se agravou em muito após a pandemia e por que os desafios que aos mesmos se colocam são cada vez mais intensos e diversificados, o nosso trabalho foi desenvolvido com vista ao encontro de soluções para responder à questão “Saúde Mental nos Jovens: Que desafios? Que Respostas?”.
Para tal, entendemos que o papel do psicólogo é fundamental e que nele mais se deve investir. E, tendo em consideração que apenas com uma atuação de proximidade com os alunos, nomeadamente através da realização de um check-up anual obrigatório aos jovens e da dinamização de sessões temáticas dirigidas a toda a comunidades escolar (birras, consumos, absentismo escolar, redes sociais, etc.) se conseguem bons resultados , são os estes os argumentos que sustentam a nossa primeira medida.
Também, é nosso entender que a criação de um espaço dedicado à exploração das emoções, com momentos de desenvolvimento de atividades lúdico-didáticas para ajudar as crianças e os jovens a explorar os seus sentimentos e emoções (histórias, imagens, jogos, dinâmicas de grupo, etc.), integrado mensalmente na disciplina/componente de Cidadania e Desenvolvimento com o objetivo promover o desenvolvimento pessoal e uma educação emocional, nomeadamente no que concerne aos jovens, são os argumentos base da nossa segunda medida.
Por fim, defendemos que uma percentagem da formação contínua de docentes e outros profissionais da educação deve passar a visar o tema “Saúde mental”, realizando-se anualmente, para que estes possam adquirir conhecimentos, técnicas, estratégias e competências a fim de aprender a prevenir, identificar, lidar e minorar situações de crise e eventuais problemas de saúde mental, com vista a capacitar os profissionais de educação pela reflexão e crítica sobre as práticas profissionais e o seu impacto na saúde mental dos jovens, sendo estes os argumentos a favor da nossa terceira medida.

Medidas Propostas

1. Aumento do rácio de 1 psicólogo para 300 alunos nos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas.
2. Criação de um espaço dedicado à exploração de emoções, do pré-escolar ao ensino secundário.
3. O tema “saúde mental” deve passar a ser recomendado como prioritário na formação contínua de docentes e outros profissionais da educação.