PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, Covilhã


Exposição de motivos
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde mental é muito para além da ausência de doenças mentais, sendo também um estado de bem estar, equilíbrio e harmonia em que um indivíduo lida com os problemas do dia a dia utilizando as suas habilidades mentais e interagindo com a restante sociedade que o rodeia sem entrar em lapso consigo próprio, mantendo-se bem psicologicamente. Os problemas de saúde mental desenrolam-se na maioria dos casos na adolescência; estudos realizados nos últimos anos revelam que cada vez mais jovens portugueses se sentem infelizes e o número de adolescentes com depressões e problemas de ansiedade tem também vindo a aumentar consideravelmente, o que é bastante prejudicial, uma vez que os jovens de hoje serão os adultos de amanhã. Assim de forma a alterar este paradigma relativo à saúde mental dos jovens e em simultâneo para desmistificar os preconceitos ainda hoje associados a quem consulta um psicólogo ou psiquiatra, deve-se optar pela prevenção e avaliação precoce, por forma a que haja melhores respostas aos desafios associados à saúde mental, começando desde os mais jovens. Desta maneira, prendemos ter uma saúde mental tão valorizada quanto a saúde física, uma vez que o conceito de saúde abrange não só, mas também estas duas áreas indispensáveis para o bem estar de cada um. Assim sendo, consideramos essencial a atuação simultânea dos setores da saúde, da educação e da economia, de modo que seja possível adotar medidas valorativas que respondam aos problemas mentais dos nossos jovens e cidadãos no geral, contribuindo, assim, para uma sociedade mais saudável, equilibrada e que prioriza a saúde mental da sua população, através de medidas educativas, de rastreio/prevenção e também
de fundos para que todas estas possam de facto ser concretizadas através dos diferentes meios dos quais disponibilizamos. Apostar na educação para a saúde mental e na prevenção de doenças do foro psicológico é tão importante quanto realizar os tratamentos adequados aos diversos transtornos mentais que cada um possa sofrer.


Medidas Propostas
  1. Criação de uma subcomissão (permanente) inserida no âmbito de competências da Comissão de Saúde (9ª Comissão), a ter como matéria a saúde mental, sendo esta, desta forma, responsável pelos trabalhos ligados à temática, podendo privilegiar com o apoio direto de cidadãos, nomeadamente especialistas, tais como psicólogos, psiquiatras e pedopsiquiatras, a fim de se fazer uma melhor análise e de encontrar respostas mais específicas e adequadas às problemáticas ligadas a esta área da saúde.
  2. Promoção e realização de reuniões/sessões/ palestras opcionais nas escolas sobre a saúde mental, de forma a alertar para possíveis sintomas e comportamentos de risco, além de instruir para como reagir em casos de doença mental própria, ou de terceiros próximos e também a fim de desmistificar os preconceitos associados a este tema, visto que se descura não raramente esta área da saúde.
  3. Normalizar nos hospitais e centros de saúde a visita a um psicólogo desde a infância tal como se faz em criança/jovem a consulta regular de um pediatra e na idade adulta, de um médico de família ou consultas de rotina, para desta forma prevenir as doenças mentais e não apenas para as tratar, tal como se faz com as doenças físicas. Havendo assim um acompanhamento contínuo da pessoa independentemente de esta ser ou não mentalmente sã, alcançando assim uma equidade entre saúde mental e física.