Exposição de motivos

1. Com esta medida pretendemos incentivar os jovens, através da escrita e do anonimato, a desabafar e exteriorizar os sentimentos e emoções. Uma das maiores dificuldades dos jovens reside no julgamento externo que pode surgir quando demonstram as suas fragilidades aos outros. Optamos pelo método das cartas por dois motivos: por um lado, consideramos que é mais fácil aos jovens expressar os seus pensamentos mais íntimos e pessoais através da escrita anónima e, por outro lado, ao passar para o papel o que está na nossa mente, conseguimos, mais facilmente, organizar e tornar claro aquilo que pensamos e sentimos. Ao disponibilizar caixas na escola, os alunos terão a liberdade de colocar as cartas com as reflexões quando sentirem essa necessidade, sem uma data limite. As cartas colocadas pelos alunos serão analisadas periodicamente por um profissional de saúde escolar, que reunirá os temas mais frequentes e dinamizará atividades alusivas a esses temas. 2. Atualmente, os jovens passam mais tempo na escola do que em casa, tendo assim mais contacto com os professores do que os próprios pais. Com isto, entendemos que os docentes, com as formações certas, seriam capazes de entender alguns sinais de alerta, podendo discutir possíveis suspeitas de problemas de saúde mental, no conselho de turma, debatendo se o caso deve chegar ao encarregado de educação. Sobre a formação: esta seria obrigatória e implementada no respetivo curso de formação para os professores mais recentes. Quanto aos professores que já exercem a sua profissão seria-lhes igualmente proporcionada uma formação com o mesmo objetivo. Esta formação tornaria os professores mais aptos e confortáveis para identificar sinais que possam remeter a problemas de saúde mental, nos seus alunos. 3. A falta de informação das gerações mais jovens pode ocasionar negligência e banalização de problemas mentais graves. Assim, pretendemos sensibilizar e elucidar a faixa etária dos pais dos discentes, para identificarem de forma correta e atempada os possíveis problemas dos filhos. Estas palestras serão lecionadas por professores e psicóloga e constituirão um “alerta” para os encarregados de educação, de modo a que estejam familiarizados com o assunto e aptos a identificarem diagnósticos relativos à saúde mental. Estas seriam realizadas de forma periódica, de modo a promover um trabalho contínuo dos temas. Relativamente aos discentes, pretendemos criar tempos de convívio para alunos que partilhem gostos e interesses similares, criando maior proximidade entre eles e a possibilidade de partilharem momentos de lazer e experiências. Para cultivar a saúde mental, consideramos que é importante dedicarmos uma parte do nosso tempo a descansar e relaxar. Nesse sentido, e conhecendo os efeitos benéficos das sessões de mindfulness, propomos que esta atividade seja implementada no horário escolar.

Medidas Propostas

1. 1. Escrever cartas anónimas, com preocupações e receios, que serão analisadas pela psicóloga da escola, de forma a promover atividades que correspondam a essas necessidades.
2. 2. Promover formação aos professores de modo a entenderem alguns sinais de alerta e saberem como agir de forma eficaz quando interpretam algo suspeito.
3. 3. Promover formação aos professores de modo a entenderem alguns sinais de alerta e saberem como agir de forma eficaz quando interpretam algo suspeito.