PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Centro Emprego e Formação Profissional de Beja


Exposição de motivos
A adolescência é um marco fundamental na vida. Entre as importantes alterações desta fase incluem-se as mudanças de escola, o sair de casa e o início da vida académica. Além destas transformações, existem outros fatores que contribuem para o aparecimento de doenças mentais porque desencadeiam pressão adicional sobre o adolescente. Aqui incluem-se a utilização cada vez mais abrangente de tecnologias de informação – com um manifesto aumento da conectividade às redes virtuais, durante o dia e noite (não obstante os benefícios que daqui advêm) – e a existência de conflitos, catástrofes naturais e epidemias em áreas de emergências humanitárias.
A depressão aumentou nos adolescentes e afeta 42% dos jovens. O género feminino revela piores indicadores de saúde mental.
Segundo a OCDE, o consumo de antidepressivos triplicou entre 2000 e 2017. A pandemia que se seguiu veio apenas agravar mais a situação. Em 2019, Portugal ficava em 5º lugar no relatório sobre o setor da saúde que avaliava os países com maior consumo de antidepressivos. Em 2017 o consumo era de 104 doses diárias por cada mil pessoas, sendo que em 2000 não chegava às 30.
Em pleno 2022, é factual afirmar que todos os anos o consumo de antidepressivos aumenta, sendo os jovens a faixa etária mais afetada, com uma média de 28 mil embalagens de antidepressivos vendidas por dia.
Sabendo que as intervenções em contexto escolar levam a uma melhoria ao nível do bem-estar e uma diminuição dos sintomas de depressão, é necessário a saúde mental ser uma prioridade, com um planeamento nacional, sem perder o olhar e práticas de proximidade.
O trabalho que tem que ser desenvolvido apela a uma maior necessidade de presença de profissionais de saúde mental nas escolas, sejam psicólogos ou enfermeiros de saúde mental, mas também de maior interligação entre a escola e as instituições de saúde.
Por isso, é fundamental promover o bem-estar psicológico, estar atento à saúde mental dos adolescentes e proteger os adolescentes de experiências adversas e fatores de risco que podem afetar o seu potencial de crescimento, com repercussões não só na adolescência como na vida adulta.
A adolescência é um período crucial para desenvolver e manter bons hábitos sociais e emocionais que promovem e protegem a saúde mental. São exemplos disso a prática regular de exercício físico, a adoção de medidas de higiene do sono, a adoção de estratégias para lidar e resolver problemas, de gestão de relações interpessoais e de controlo de emoções.
O suporte familiar, escolar e comunitário é também de particular importância e funciona como um fator protetor.
Em suma, o direito à saúde e, em especial, o direito à saúde mental e ao bem-estar em geral, é um direito central no desenvolvimento das crianças e jovens.
Em suma, o direito à saúde e, em especial, o direito à saúde mental e ao bem-estar em geral, é um direito central no desenvolvimento das crianças e jovens.


Medidas Propostas
  1. Literacia em Saúde.
  2. Incentivo ao Desporto.
  3. Formação especifica para auxiliares e professores para uma deteção mais eficiente dos problemas de saúde mental nos jovens.