Exposição de motivos

É essencial que qualquer aluno tenha acesso direto e sem qualquer tipo de constrangimento ao apoio psicológico de que necessita. Propomos, por isso, a criação de uma plataforma virtual que possibilite a qualquer estudante agendar sessões com o psicólogo escolar. Assim, cabe a este deixar evidente o horário em que se encontra disponível, competindo ao psicólogo construir a sua agenda não só em função dos seus encontros com os alunos, como também das tarefas que já exerce no ambiente escolar. Para além disso, esta disponibilizaria dados acerca da saúde mental da comunidade escolar e de cuidados iniciais a ter perante qualquer mal-estar psicológico. Dado isto, sugerimos vivamente que qualquer instituição de ensino que evidencie a necessidade de possuir mais do que um psicólogo, detenha um com formação clínica de modo a atender às necessidades dos educandos mais rapidamente.
As práticas desportivas são capazes de libertar endorfina, hormona responsável pela felicidade humana, sendo, portanto, extremamente benéficas para a manutenção do bem-estar mental. A disciplina de Educação Física deve expandir os horizontes dos jovens no quesito a atividades desportivas, maximizando os espaços/condições disponíveis para implementar uma maior diversidade de desportos nas aulas. O conhecimento destes encorajaria o envolvimento em práticas desportivas extracurriculares, que funcionariam como fonte de alívio para o stress e ansiedade adquiridos durante o percurso escolar. Seria também de extremo valor utilizar a unidade curricular para a transmissão de técnicas de relaxamento, mais especificamente de controlo da respiração e de autoconhecimento corporal, que são fulcrais no combate autónomo à ansiedade.

É já reconhecido pelos profissionais que uma das causas de ansiedade nas camadas mais jovens da sociedade atual está relacionada com as avaliações escolares. Os jovens portugueses sentem-se sobrecarregados e, muitas vezes, menosprezam atividades extracurriculares porque sentem que o seu sucesso está unicamente dependente da sua média académica. Deveria ser possível que cada jovem realize apenas os exames nacionais que necessita para ingressar no ensino superior, não tendo estes qualquer peso na avaliação interna. Deste modo, a carga de trabalhos e a pressão a que os estudantes estão sujeitos seria menor e permiti-los-ia dedicarem-se às disciplinas cujas provas de ingresso necessitam. Para além disso, é necessário que as universidades valorizem o currículo dos estudantes que se candidatam, dando atenção às atividades extracurriculares, clubes, ações de voluntariado, etc para além da média. Assim, é incentivado o desenvolvimento dos jovens em várias áreas e não é dado tanto ênfase à média.

Medidas Propostas

1. Criação da Plataforma Online da Psicologia Escolar (POPE) que visa, entre outros, possibilitar o acesso direto do aluno a apoio psicológico, sem que este necessite de passar por intermediários e pelo constrangimento inicial da divulgação do seu problema a externos.
2. Reformulação do plano curricular da disciplina de Educação Física, de modo a que este seja mais abrangente, não só permitindo aos alunos estabelecer contacto com novas práticas desportivas, que poderão vir as ser as suas atividades extracurriculares, mas também dotá-los de técnicas de relaxamento.
3. Alterar o sistema de ensino português de modo a que os exames nacionais sirvam apenas como prova de ingresso e a que, para determinar se o aluno será aceite em determinada universidade, se tenha em consideração, para além dos seus resultados académicos, o seu currículo na totalidade.