PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


ES Antero de Quental


Exposição de motivos
A medicina valoriza cada vez mais a saúde mental, apesar de, em sociedade, ser ainda, muitas vezes, desvalorizada e/ou vista como tabu. Daí a necessidade de combater o estigma que, até ao momento, impede muitos jovens de acederem aos devidos cuidados de saúde.
É nossa intenção prevenir o aparecimento de doenças do foro mental, mas também ajudar quem lida com elas diariamente, focando-nos nas escolas, porque a verdade é que pouco ou nada é feito em ambiente escolar para suportar quem mais necessita, para não mencionar a falta de condições como, por exemplo, a insuficiência de psicólogos. O aluno, ao longo de diferentes fases, é exposto a inúmeros problemas e situações que o afetam, direta e indiretamente, por isso é necessário agir desde cedo para prevenir o aparecimento de patologias graves. Propomos, então, algumas medidas bastante pragmáticas e de fácil concretização e que, havendo vontade, podem ter efeito imediato. E quem melhor do que nós, alunos e jovens, para falar da nossa saúde mental? Acreditamos que, na escola, deve existir um espaço neutro e calmo, uma sala onde os alunos possam estar, seja para falar ou apenas para reencontrar a calma interior. Acreditamos, também, que quem já passou por problemas idênticos pode ajudar-nos, daí a nossa aposta na criação de grupos de “padrinhos” ou “mentores”, alunos mais velhos que já tiveram de lidar com os mesmos problemas que os alunos mais novos estão a enfrentar. Por último, apostamos na formação do pessoal docente e não docente, tendo em vista melhorar a forma como a escola lida com eventuais situações de ansiedade ou estados depressivos.
De um ou de outro modo, todos nós aqui presentes temos o direito e o dever de agir. A saúde mental é um bem precioso que não podemos adiar.


Medidas Propostas
  1. Disponibilização de uma sala segura, com privação de ruído, com o propósito de ser um local com um ambiente calmo, onde os estudantes possam requisitar apoio.
  2. Criação de grupos de “padrinhos” e “mentores”, nas escolas, constituídos por alunos mais velhos (preferencialmente do 12º ano).
  3. Formação na área da Saúde Mental para quem trabalha em ambiente escolar.