PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA
EB2,3/S do Nordeste
Exposição de motivos
Estas medidas têm uma forte probabilidade de serem implementadas pelo governo, pois trazem benefícios aos adolescentes e jovens e serão um investimento do estado a longo prazo, pois adolescentes mais saudáveis futuramente serão adultos mais saudáveis. Além disso, Portugal está entre os países onde mais se consomem psicofármacos. A IQVIA, um serviço que é líder mundial em utilizar dados, tecnologia, analíticas avançadas e conhecimento científico para ajudar os clientes a progredir nos cuidados de saúde e saúde humana e que faz a monitorização dosmedicamentos vendidos nas farmácias, revelam que em 2018 se atingiu um novo recorde nacional nos antidepressivos: foram vendidos 9,76 milhões de embalagens, mais 370 mil do que em 2017. São 26 739 por dia, mais de mil hora, e um aumento de 19% em cinco anos. Representaram gastos de 105 milhões de euros, dos quais 35 milhões comparticipados pelo Estado. Estas medidas, se forem implementadas, irão reduzir a necessidade do consumo destes medicamentos, trazendo menos custos tanto para o Estado, para os próprios pacientes, na medida que servirão para prevenir e evitar distúrbios mentais nos jovens.
Medidas Propostas
- Criação de uma disciplina específica de saúde mental com um programa pedagógico estruturado, lecionada por profissionais com formação na área da psicologia, na qual sejam estudadas as perturbações e dificuldades mentais mais frequentes nos adolescentes, a sua prevalência, comorbilidades, os fatores de risco, sinais de alerta, medidas de prevenção e medidas para diminuir estas dificuldades. A nosso ver, esta disciplina seria mais útil no 9º ano de escolaridade.
- Criação de vagas específicas para psicólogos com especialização clínica e da saúde nas escolas públicas, como existem vagas para psicólogos com especialização da educação, de modo a dar uma resposta especializada rápida, gratuita e de qualidade aos alunos com dificuldades psicológicas que não sejam dificuldades de aprendizagem ou relacionadas diretamente com a escola.
- Criação de espaços e horários para intervenção psicológica em grupo: na escola, ou em espaços pertencentes aos municípios (por exemplo, gabinetes nas câmaras municipais, pavilhões multiusos ou gabinetes nos centros de saúde) e existir um horário semanal fixo após o período letivo, com um psicólogo clínico e da saúde, para os adolescentes usufruírem de intervenção psicológica especializada e gratuita em contexto grupal.