PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária de Tondela


Exposição de motivos
Muitos dos familiares e amigos de pessoas com doença mental, não sabem como lidar com a situação do seu familiar/amigo, nem têm com quem conversar, alguém com quem se possam identificar. É fundamental que estas pessoas sejam apoiadas, de forma permanente, por profissionais ou mesmo por quem já passou pela mesma situação para que não se sintam sozinhas ou perdidas neste caminho, longo e duro, que representa a recuperação de um doente mental.
Esta partilha entre famílias, amigos e profissionais da saúde mental é de extrema importância para a recuperação do próprio doente. Com a criação de grupos de apoio para as famílias e amigos, seria possível desenvolver estratégias saudáveis para ultrapassar as dificuldades causadas pela doença, promovendo assim a saúde de todos.
Os estabelecimentos de ensino devem ter um papel fundamental na identificação precoce de sintomas de perturbação mental, para que os casos sejam devidamente acompanhados antes que seja tarde demais. E não, este assunto não deve ser unicamente da responsabilidade dos psicólogos escolares, uma vez que os recursos humanos não são suficientes para todos os alunos das escolas portuguesas. Alunos, professores, assistentes operacionais, funcionários da cantina, encarregados de educação, cabe a todos nós dar o primeiro passo.
De forma a combater a falta de psicólogos nas escolas, defendemos a participação ativa no meio escolar de estudantes universitários de psicologia que se encontrem em período de estágio, dinamizando palestras, dias abertos e conversas informais, de forma a capacitar toda a comunidade escolar.
Para minimizar os problemas de saúde mental nos jovens, é essencial que os distúrbios sejam identificados precocemente, daí, aprender a identificar comportamentos de risco, a agir em caso de crise e saber para onde e quem encaminhar as diferentes situações, é uma mais-valia para todos.
Uma forma de tentar adaptar os elevados preços de uma consulta de psicologia no sistema privado e a falta de psicólogos nas escolas, consiste em oferecer aos estudantes desde o 2º ciclo do ensino básico, até ao ensino superior um cheque para estes utilizarem numa consulta de psicologia. Deste modo, gostaríamos de implementar um cheque-psicólogo, que visa dar aos alunos de todas as escolas públicas e IPSS do país, a oportunidade de poderem usufruir das mesmas oportunidades de consultas de psicologia gratuitas, assim como usufruem das de medicina dentária. Gostaríamos também de ressaltar, que os dados lançados estimam que uma consulta de psicologia no privado custa entre 30 a 100€ e que para esta mesma consulta, o tempo de espera varia entre semanas a anos.
Assim, apelamos a que estas perturbações sejam combatidas e que nós jovens possamos cuidar de nós e da nossa saúde mental, com as mesmas oportunidades a que temos acesso a outros cuidados de saúde.


Medidas Propostas
  1. 1. Apoiar: Criar associações e/ou grupos de apoio para familiares e amigos de pessoas com doença mental.
  2. 2. Aprender: Participação de estudantes universitários de psicologia, em período de estágio, no meio escolar, capacitando toda a comunidade escolar, dinamizando palestras, dias abertos e conversas informais.
  3. 3. Adaptar: Implementar o cheque-psicólogo tal como já existe o cheque-dentista.