Exposição de motivos

Num primeiro momento pensamos que não estamos doentes, que não precisamos de ir ao médico, nem de tomar medicamentos. Mas de facto estamos doentes psicologicamente, porque não nos sentimos bem connosco, pensamos em milhares de coisas negativas, tememos o futuro e não temos a energia que desejávamos nesta fase da vida.

Então o que poderíamos ter feito para não chegarmos a este estado? É isso que abordaremos no nosso projeto de recomendação.
A saúde mental está associada ao nosso bem-estar, e por conseguinte, devemos adotar e aplicar medidas que previnam e apoiem o desenvolvimento de cidadãos plenos, capazes de agir de forma esclarecida e contribuindo com as suas ideias e expectativas para uma sociedade mais justa e inclusiva, no âmbito social, económico e ambiental. Trata-se de cumprir um desenvolvimento sustentável ao serviço das necessidades e aspirações de uma comunidade.

Neste contexto, consideramos que as escolas devem proporcionar aprendizagens socioemocionais eficazes, porque representam ambientes seguros e capazes de promover o desenvolvimento pessoal e as aprendizagens consideradas essenciais, num determinado espaço e tempo. Noutra perspetiva, torna-se urgente consolidar e expandir a articulação entre escolas e restantes organizações e instituições da sociedade civil, de forma a melhor responder às necessidades existentes e reconhecer os parceiros mais adequados para sua concretização. Por último, uma sociedade informada e crítica exerce a sua cidadania, baseada em argumentos que são passíveis de ser fundamentados, com base em valores e conhecimentos por todos debatidos. É consensual que um estilo de vida saudável com comportamentos e consumos regrados é indutor de equilíbrio emocional e físico, garantindo bem-estar e proteção face às adversidades.

Pelo exposto anteriormente, defendemos as seguintes medidas para garantir a saúde mental das comunidades: criar escolas emocionalmente inteligentes, melhorar as redes de apoio locais e sensibilizar para o uso e consumo de substâncias aditivas. Muito sumariamente, passaremos a explicar em que consiste cada medida proposta. No primeiro caso, pretendemos criar parcerias com instituições públicas e privadas, tais como associações desportivas, culturais, bibliotecas, centros de saúde, câmaras, etc. Isto permitiria que a escola e os restantes parceiros aumentassem a oferta de atividades não formais, que são fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento do ser humano, nas suas diversas valências. Para a segunda proposta, pensamos que seria oportuno a construção de um fundo municipal (de géneros e/ou financeiro) que garantisse as necessidades básicas da população, e fosse gerido por uma comissão de cidadãos eleita democraticamente. Como última medida, sugerimos a constituição de campanhas publicitárias e workshops com influencers e figuras públicas, com vista a criar exemplos significativos de escolhas e comportamentos saudáveis.

Medidas Propostas

1. Criar escolas emocionalmente inteligentes
2. Melhorar as redes de apoio locais
3. Sensibilizar para o uso e consumo de substâncias aditivas