Exposição de motivos

Cada vez mais, problemas de saúde mental afetam jovens e a população em geral do mundo. A nossa geração é a geração que, desde a segunda guerra mundial, tem maiores níveis de stress. Não só isto, mas estes problema de saúde mental incrementam os problemas de uso de drogas e suicídio. No que diz respeitos às nossas propostas, temos de ter em conta que os exames são um dos maiores causadores de problemas de ansiedade na nossa população escolar. Além de serem formas de discriminação socioeconómica entre alunos, a injustiça que são como forma de avaliação é refletida na saúde mental dos jovens portugueses, manifestando-se perto da época de exames mais problemas de ansiedade e depressão que prejudicarão os resultados tanto escolares como nos exames. Outra perspetiva sobre a saúde mental quanto aos exames reside no problema destes serem situações de alto stress que prejudicam o desenvolvimento saudável de um adolescente. Estes problemas agravam-se devido ao facto de a partir de 2024 os exames passarem a valer pelo menos 50% da média de entrada para o ensino superior e ser obrigatório fazer, pelo menos, três destes.
No que toca à segunda proposta, verifica-se que nas escolas portuguesas há falta de psicólogos, havendo apenas um psicólogo para cada 744 alunos no país. Desta forma, muitos psicólogos encontram-se sobrecarregados, o que põe em causa a qualidade do serviço prestado aos alunos e consequentemente a saúde mental dos jovens. Para que se resolva este problema é necessário que se aposte na formação de novos psicólogos, bem como na formação dos psicólogos já existentes para que se encontrem a par dos últimos desenvolvimentos na ciência. Note-se a importância dos psicólogos na prevenção e intervenção nos problemas de saúde mental. Da mesma forma, são os psicólogos escolares que também diagnosticam problemas familiares nos alunos, evitando outros problemas de maior.
À medida que a sociedade capitalista se aproxima do seu fim distópico, o população torna-se cada vez mais fechada e reservada, com a valorização do indivíduo cada vez mais a destruir o sentido de comunidade nas pessoas. O fim da vida em comunidade às mãos por um sistema em si opressor tem tido consequências inegáveis na saúde mental das populações. O ser humano é um ser naturalmente gregário e geralmente altruísta, em que a cooperação o levou a grandes feitos, sendo a sociedade atual baseada na competição e individualismo, é observável que esta natureza está a ser desafiada de forma insustentável e humanamente impossível. Este fim da vida comunitária torna as nossas, vilas, aldeias e cidades mais inseguras, o que incrementa problemas de ansiedade e depressão, que, por sua vez, sendo a pessoa já sofredora destes problemas, numa sociedade mais cooperativa encontraria melhor suporte entre os seus conterrâneos. Assim propomos mais apoios financeiros às associações locais, pois estas são as melhores formas de não se perder o sentido de comunidade e manter sistemas de suporte entre pessoas.

Medidas Propostas

1. Fim dos exames nacionais
2. Reforço dos serviços de psicologia escolar, tendo em conta uma aposta na formação de psicólogos
3. Promoção de atividades comunitárias baseada na incrementação de apoios financeiros a associações populares de modo a fortalecer a vida comunitária