PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Escola Secundária de Alcácer do Sal


Exposição de motivos
Os deputados e deputadas, todos eles, pertinentes e significativos argumentos. Alguns e algumas com conhecimento de causa (quer, em termos pessoais quer por familiares e amigos/as) defenderam veemente as suas medidas, porque a Saúde Mental deve continuar a desbravar caminhos, deixar, quer local quer nacional quer internacionalmente, deixar de ser "tabu" e todos os jovens e menos jovens, cidadãos e cidadãs , o Estado, o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação, entre outras entidades, devem estar comprometidas em colocar na prática soluções que possam ajudar de forma efetiva e real os jovens na sua caminhada quer familiar quer escolar, porque os dados estatísticos são assustadores, agravados pós-pandemia e, sobre o "olhar" dos adolescentes não parece ter solução à vista, pois Portugal é o "segundo país da Europa com a taxa mais elevada de prevalência de doenças do foro psiquiátrico e da Saúde Mental". Daí ser necessário promover e melhorar, a partir da escola, a literacia em saúde; deve-se ajudar estruturas familiares de forma a evitar que as crianças e adolescentes fiquem expostos a fatores de risco, muitos dos quais surgem no seio familiar o que aumenta a probabilidade de desenvolvimento de perturbação mental no adulto. Mediante o exposto foram redigidas três medidas, pensadas, debatidas por jovens alunos(as)-deputados(as), porque acreditam que com esforço e empenho de todos e todas, podem ajudar na prevenção, na redução e na promoção:
- prevenir para que crianças e adolescentes não sofram de perturbações mentais e no futuro, sejam adultos saudáveis;
- (ajudar a) reduzir números estatísticos;
- promover estilos de vida saudáveis e sem tabus.


Medidas Propostas
  1. Criação de campanhas (com diversos eventos periódicos) na escola, promovidas por cada Agrupamento/ Escola, com a colaboração do Ministério da Saúde, Ministério da Educação, de forma a promover a literacia da saúde, sobretudo da saúde mental e de estilos de vida saudável (ex. evento periódico: palestras com clínicos especialistas no tema), mas com a disponibilização prévia de questionários (digitais) anónimos, onde os jovens colocavam as suas questões, de forma a dar respostas.
  2. Psicólogos de família. Tal como existe o médico de família, cada cidadão e cidadã, deveria ter o psicólogo clínico de família no Centro de Saúde. Com consultas periódicas, de forma a prevenir situações graves no futuro e tratar as que já existem. Alguns adolescentes recorrem ao psicólogo educacional/vocacional da escola, mas é insuficiente, é necessário um acompanhamento diferente, de forma mais efetiva e especializada em saúde mental, que seja feito em local próprio e adequado.
  3. Linhas de apoio. Criar um maior número de linhas de apoio, de carácter geral e mais específicas, por exemplo por grupo etário ou por problemática e/ou sintomatologia (ex.: "Sinto ansiedade", "Tenho transtorno alimentar", "Não consigo dormir", "Sinto-me triste", "Não me apetece conviver", "Sinto cansaço", "Não suporto a luz do dia", "Não suporto barulho", "Sinto dificuldade em concentrar-me", "Não suporto os/as colegas", "Penso em desaparecer", "Não me apetece estudar", ...).