Exposição de motivos

Nos dias de hoje, seja por fatores pessoais, familiares, socioeconómicos ou culturais, os jovens são cada vez mais confrontados com doenças mentais e, apesar da sua crescente presença no nosso meio social, este tema permanece um tabu. A nossa mente é complexa e compreende pensamentos, sentimentos e sensações. Por meio de processos cognitivos e emocionais, expressa a natureza humana através de modos de pensar, sentir ou agir. A nossa mente comanda, por isso, todos os aspetos da nossa vida. Assim, por vezes, fatores exteriores a esta podem afetar este nosso núcleo e consequentemente, podem ter um impacto positivo ou negativo em todos os aspetos que consideramos ser essenciais para uma boa qualidade de vida.
Em 2017, o suicídio revelou ser a principal causa de morte entre crianças e jovens adultos e a mostrar tendência para piorar. O sofrimento psicológico, a ansiedade e a depressão moderada a grave são frequentemente associados a: dificuldades de conciliação trabalho/família; perceção de falta de apoio social e familiar; situação económica; dificuldade na manutenção dos estilos de vida e atividades sociais; preocupação com a vida escolar, entre outras.
A saúde mental tem uma imensa importância e possibilita o ajuste necessário para lidar com emoções, assim, as medidas que apresentamos visam melhorar a qualidade de vida dos jovens através da prevenção e do tratamento de distúrbios mentais.

Medidas Propostas

1. Implementação de uma semana dedicada à Saúde Mental, durante a qual decorreriam palestras interativas, atividades ao ar livre com os jovens e sessões de esclarecimento dirigidas aos encarregados de educação e professores, realizadas por psicólogos.
2. Implementação de consultas com as psicólogas escolares para todos os alunos que iniciem o ensino secundário.
3. É importante um plano nacional de cidadania, desde o 1.º ao 9.º ano que inclua o tema saúde, como já o faz, mas dar especial atenção para a saúde mental, para que todos os jovens possam ter uma base sobre o tema e estejam consciencializados. Posteriormente, dirigido aos alunos do ensino secundário, dado que estes lecionam a disciplina de cidadania, integrar no programa escolar um número de aulas de sensibilização à saúde mental, à semelhança das aulas de educação sexual, com caráter obrigatório.