PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA
Escola Básica e Secundária de Gavião
Exposição de motivos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como sendo “o estado de bem estar no qual o individuo tem consciência das suas capacidades, pode lidar com o stress habitual do dia a dia, trabalhar de forma produtiva e frutífera, e é capaz de contribuir para a comunidade em que se insere”.A crise pandémica vivenciada nos últimos anos gerou e gera insegurança, medo e ansiedade acerca do presente e do futuro, podendo agravar ou conduzir a dificuldades e problemas de saúde mental (como a fadiga, o stresse, a ansiedade ou a depressão).
Assim, num contexto pós-pandémico, a saúde mental assume especial importância, existindo diversos estudos que apontam para uma necessidade de intervenção, sobretudo nos mais jovens.
A 29 de setembro de 2022, um estudo da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra concluiu que 28% dos mais de 5000 jovens inquiridos expressaram sintomas de depressão moderada ou grave.
Em dezembro de 2022, o Estudo Health Behavior in School-aged Children, que a nível nacional foi realizado pela equipa Aventura Social, do ISAMB/Universidade de Lisboa, em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral das Estatístticas da Educação e Ciência (DGEEC), revelou que, em comparação com 2018 (o último ano estudado), a satisfação com a vida baixou nos jovens de 11, 13 e 15 anos (de um valor médio de 7,68 para 7,50), bem como a perceção de felicidade. Os comportamentos autolesivos também aumentaram, passando de 19,6% para 24,6%.
Urge, pois, uma intervenção séria e responsável no que diz respeito à saúde mental dos jovens. Esta terá, necessariamente, de passar por uma intervenção no meio escolar, o espaço onde os jovens passam a maior parte do seu tempo.
Medidas Propostas
- Implementar despistes anuais nas escolas e concelhos, de modo a que se detete o estado de saúde mental, visto que a mesma não é tão valorizada como a saúde física.
- Contratar um maior número de psicólogos clínicos para as escolas, não em função do número de alunos, mas das necessidades diagnosticadas em cada instituição de ensino.
- Reformular as matrizes curriculares, diminuindo a carga horária semanal, de modo a que os jovens tenham mais tempo, nas escolas, para o convívio, num espaço adequado com atividades lúdicas, aprofundando-se assim o relacionamento interpessoal entre os jovens alunos e entre turmas.