Exposição de motivos

Numa sociedade cada vez mais global e competitiva o mundo virtual tem monopolizado o relacionamento humano. Esta realidade acaba por afetar o desenvolvimento dos jovens uma vez que condiciona o modo como estes se relacionam com a sua rede social, na qual se inclui os familiares, amigos e professores... São inúmeros os jovens que não identificam e nem expressam as emoções que vivenciam. Na origem deste facto pode estar escasso acompanhamento / relacionamento que é compensado por uma maior dependência das novas tecnologias. Esta última acaba por influir, negativamente, na definição de prioridades e objetivos a médio / longo prazo. Neste sentido são sugeridas um conjunto de medidas que procura levar os jovens a autonomizar-se e a realizar-se como seres humanos, que vivem com e para o outro. Como tal, é proposto que estes possam contatar o psicólogo escolar por sua livre iniciativa, sem o necessário consentimento parental. Aliás, são vários os casos em que um jovem prefere abordar determinados assuntos com pessoas exteriores ao contexto familiar, pelo que, será mais adequado fazê-lo com um profissional da área que obedece a um código deontológico. Por outro lado, sabendo que os jovens têm cada vez mais dificuldade em definir prioridades e objetivos sugere-se a implementação de programas de promoção de competências relacionas com o planeamento e a gestão do tempo, promovidos por profissionais qualificados. Esta medida procura prevenir as questões psicológicas que estão relacionadas com a pressão psicológica, interna e/ou externa, provocada pela necessidade de obter resultados. Por fim, uma vez que a literatura reconhece vantagens na realização de atividades diversificadas - associativas, culturais, desportivas, voluntariado, ... - e no relacionamento assente no afeto e na emoção propõe-se o estabelecimento de parcerias entre as escolas e o movimento associativo local tendo em vista a participação efetiva em iniciativas proporcionadas pelas últimas.

Medidas Propostas

1. Dispensa da obrigatoriedade da autorização do encarregado de educação para acompanhamento psicológico nas escolas.
2. Implementação de programas de promoção de competências de planeamento e gestão de tempo.
3. Estabelecimento de parcerias entre as entidades educativas e associações locais no sentido de possibilitar a realização de atividades - culturais, desportivas, religiosas, de voluntariado , ... - aos jovens de acordo com os seus interesses.