Exposição de motivos

A saúde mental dos jovens carece de um melhor acompanhamento e de uma avaliação precoce. Com a possibilidade de haver um gabinete de Psicologia Clínica nas escolas, é possível antecipar uns problemas e resolver outros.
A Escola é um meio privilegiado para a sinalização de casos. Com a atenção de todos os profissionais da educação e das famílias, é possível sinalizar comportamentos, indagar as causas e atempadamente promover mecanismos para a melhoria da saúde mental dos jovens.

É cada vez mais do conhecimento dos jovens a existência de problemas como a adição e alienação, pela má utilização das redes socais e que podem debilitar a saúde mental nos jovens. A ausência de verdadeiras relações sociais, o vício e o tempo disponibilizado na visualização de vídeos de conteúdo duvidoso, além de outros aspetos, contribuem para o surgimento e agravamento de doenças mentais, como a ansiedade ou a depressão. Mas também se sabe que as redes sociais vieram para ficar, havendo já muitos jovens e adultos que não conseguem viver sem elas. A proibição da utilização das mesmas também não é a solução a adotar. Apesar das famílias terem um papel importante na prevenção e na educação pelas tecnologias, sabemos que muitos aspetos das vivências tecnológicas passam despercebidas aos pais. Por esse motivo, nas escolas, nas autarquias, ao nível da publicidade, a utilização de meios que incentivem ao uso responsável e autónomo das redes sociais é de uma grande importância.
É um fator esquecido que pode beneficiar os progressos alcançados no tratamento de problemas de saúde mental. As pessoas que diretamente privam com o jovem podem contribuir para uma evolução mais positiva da situação de saúde mental. Há vários testemunhos que dão conta do quanto é prejudicial se não houver uma comunicação eficaz aquando da manifestação da doença. Portanto, o modo como comunicar, como reagir, saber quais os procedimentos mais convenientes a adotar numa situação de emergência, são mecanismos que exigem aprendizagem e são de extrema importância, quer para quem padece da doença, quer para quem acompanha diariamente as situações.

Por isso, propomos sessões de sensibilização a promover pelas várias instituições, como escolas, autarquias e juntas de freguesia e pela divulgação visual de cartazes e de publicidade nos diversos meios existentes, como habitualmente se faz com outras doenças.

Medidas Propostas

1. Criar gabinetes de Psicologia Clínica nos Agrupamentos Escolares
2. Promover a utilização correta das Redes Sociais
3. Promoção de sessões de aconselhamento para os familiares de pessoas com problemas de saúde mental.