PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Instituto de Ciências Educativas


Exposição de motivos
Ao longo da história, a Humanidade tem vindo a debater-se com diversos problemas e obstáculos, entre eles, a saúde mental. Apesar de um termo recente, o mesmo relata uma situação antiga e recorrente, que apenas nos últimos anos, tomou a sua devida importância e designação. Embora este seja um obstáculo comum a todas as faixas etárias, os jovens têm vindo a destacar-se entre os mais afetados pelo mesmo.
O assunto foi, diversas vezes, algo desacreditado na sociedade. Relatos contam que desde os tempos mais remotos que o ser humano tem sofrido com a degradação constante da saúde mental. Alguns exemplos históricos do mesmo, são as múltiplas sequelas psicológicas, com que inúmeros soldados ficaram depois das diversas guerras, desencadeados por eventos traumáticos. Os mesmos eram normalizados e subvalorizados, comparativamente com as perdas físicas.
Com a evolução da sociedade, foi compreendido que não só problemas físicos eram importantes ou justificáveis, mas que também existiam problemas psicológicos, com consequências na saúde mental da população que, recorrentemente, desencadeavam maiores obstáculos do que qualquer limitação física. Daí surge o tão popular ditado: “mente sã, em corpo são”.
Num processo contínuo e demorado, finalmente, após muitos anos, foi dada a importância devida ao tema. Atualmente, os jovens são as vozes do movimento, sendo em pleno século XXI, a primeira geração de sempre a falar abertamente sobre o tópico.
Foram então revelados aterrorizantes problemas, agravados após a pandemia, presentes na saúde mental da população jovem. É dado adquirido que a maioria dos jovens estudantes sofrem de algum tipo de perturbação na saúde mental. Entre os mais comuns, estão problemas como a depressão, a ansiedade, entre muitos outros.
Chegada a conclusão de que este é um problema intrínseco na sociedade, é necessário a mudança e tomar várias medidas. As mesmas, para além de combaterem esta degradação da saúde mental existente, devem tentar prevenir o problema, evitando a longo prazo, o seu exponencial agravamento.
Desta mesma forma, e como, infelizmente, este é um problema impossível de se erradicar, acreditamos que a melhor forma de combater este obstáculo, providenciando uma melhor qualidade de vida e bem-estar mental, será a prevenção, a sensibilização e a consciencialização, ideais em que se baseiam as nossas medidas.
A educação populacional é essencial, e o berço das mesmas são as escolas. Deste modo, acreditamos que uma medida a ser implementada será a sensibilização da comunidade educativa. Fazendo jus à máxima “mente sã em corpo são”, já anteriormente mencionada, propomos ainda a promoção do desporto escolar. Por fim, como ferramenta de apoio aos jovens, com via a prevenir problemas do foro psicológico, incentivamos uma maior aposta em gabinetes de psicologia nas escolas.


Medidas Propostas
  1. Desporto escolar: Esta medida consiste na implementação, de forma gratuita, de atividade física em todas as escolas do país. Estas seriam atividades extracurriculares, opcionais, nas quais estariam disponíveis diversas modalidades que se adaptassem a diferentes perfis. É pretendida a promoção do desporto para ajudar a prevenir e melhorar a saúde mental dos estudantes, visto que o mesmo, como está cientificamente comprovado, aumenta a autoestima, reduz o stress, a depressão, entre outros fatores.
  2. Gabinete de Psicologia nas escolas: Esta medida consiste numa maior aposta na psicologia nas escolas, através de gabinetes onde é pretendido que cada aluno tenha um acompanhamento psicológico gratuito de livre e fácil acesso, evitando situações extremas de problemas na saúde mental. Assim, são prevenidas doenças da saúde mental e não apenas combatidas. O objetivo seria, entre outros, tornar mais próximo o contacto entre os psicólogos escolares e os alunos, tornando o seu papel mais abrangente.
  3. Sensibilização da comunidade educativa: A medida consiste na instrução, através de palestras e outros meios, de todos os que pertencem à comunidade educativa (alunos, professores, auxiliares, encarregados de educação, entre outros). Esta consciencialização é essencial para garantir uma sociedade informada, com capacidade de responder e identificar várias situações de degradação da saúde mental.