PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Colégio Valsassina


Exposição de motivos
Face à elevada prevalência de perturbações mentais nos jovens, consideramos necessário adotar, numa primeira fase, uma medida de prevenção. É neste sentido que achamos relevante a implementação da disciplina de Filosofia para Crianças no currículo escolar do 1º ciclo do ensino básico. Esta permite aos alunos tornarem-se parte integrante de uma comunidade de investigação, um espaço de diálogo onde os alunos aprendem, de forma lúdica, a pensar criticamente, para melhor gerir elementos centrais da sua vida, como as relações interpessoais, a perceção de si e a construção da identidade pessoal. Desta forma, as crianças aprendem a decifrar o que sentem e a definir estratégias para lidar com as suas emoções, adquirindo ferramentas úteis para a resolução de problemas, através de uma autoanálise baseada em princípios lógicos de questionamento filosófico. Assim, estimulando a tendência natural de questionamento das crianças, seriam desenvolvidas competências fulcrais na formação do caráter de qualquer pessoa emocionalmente estável, que se conhece a si mesmo e que sabe lidar com as suas emoções.
De seguida, propomos uma medida de monitorização, com a criação de um Grupo Interdisciplinar Direcionado para o Apoio Psicológico (GIDAP), que promova a formação de pessoal docente e não docente, dotando-os das competências necessárias para identificar e lidar com casos de alunos com sintomas de doença mental. Neste grupo estariam, também, presentes técnicos do gabinete psicopedagógico e membros da direção pedagógica. Consideramos que a pertinência desta medida se prende com o papel de mediação que os professores desempenham entre os alunos e o gabinete psicopedagógico. No entanto, a maioria dos professores recebe pouca formação sobre como identificar e lidar com problemas de saúde mental. Decidimos incluir, também, pessoal não docente na constituição do GIDAP, uma vez que, tal como consta no Artigo 46º do Decreto-Lei nº 51/2012, “o pessoal não docente das escolas deve colaborar no acompanhamento e integração dos alunos na comunidade educativa”, sendo uma mais-valia na identificação de mudanças comportamentais nos alunos.
Por fim, como medida de ação, propomos a dinamização de workshops, dirigidos por especialistas, de promoção de autoconhecimento e autoestima, de modo a dotar os alunos de ferramentas para lidarem com o que sentem. A escola tornar-se-ia, assim, uma rede de apoio para alunos e, também, para pais, que participariam em sessões abertas juntamente com alunos e membros do gabinete psicopedagógico. Desta forma, os pais seriam capacitados a identificar e lidar com possíveis sintomas de doença mental nos seus filhos. Nestes workshops sugerimos a aplicação do método de Nathaniel Branden para uma melhor autoestima, sendo que cada pilar dará ferramentas aos jovens para melhor se conhecerem a si próprios e aprenderem a lidar com as suas emoções.
Prevenir, monitorizar e agir, eis a nossa proposta.


Medidas Propostas
  1. Medida de Prevenção - Implementação da disciplina de Filosofia para Crianças no currículo escolar dos alunos do 1º ciclo do ensino básico, de modo a integrar as crianças numa comunidade de investigação, um espaço de reflexão e diálogo, onde estas aprendem a decifrar o que sentem e a definir estratégias para lidar com as suas emoções.
  2. Medida de Monotorização - Criação de um Grupo Interdisciplinar Direcionado para o Apoio Psicológico (GIDAP), que promova a formação de pessoal docente e não docente, no sentido de os dotar das competências necessárias para identificar e lidar com casos de alunos que possam apresentar sintomas de doença mental.
  3. Medida de Ação - Dinamização de um ciclo de workshops com os alunos, com o intuito de promover o autoconhecimento e a autoestima.