PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA
Colégio de Stª Doroteia
Exposição de motivos
A Saúde Mental tem vindo a ganhar uma maior visibilidade na sociedade, em particular após um período de pandemia e isolamento. É essencial que se torne uma área prioritária de intervenção, com um maior investimento na promoção e prevenção, no combate ao estigma e na consolidação de boas práticas. Os jovens podem e devem assumir o seu papel na definição e implementação de medidas. O cheque psicológico assume-se como uma solução para os jovens, cujas famílias não conseguem suportar os custos de consultas médicas. É uma medida eficaz, pois permite descontar um certo montante nestas consultas. Acabará por se revelar como um incentivo para os que sofrem com estas doenças e não procuram ajuda, por incapacidade financeira. Esta resolução foi proposta pela Ordem dos Psicólogos e por partidos políticos. Abrangerá idades entre os doze e vinte cinco anos e, por família, estarão disponíveis tantos cheques quantos necessários, não havendo acumulação destes. O montante disponível, calculado a partir do escalão do IRS, será progressivo e o dinheiro virá de planos da UE. Veja-se a eficácia de cheques já existentes, como o cheque-dentista, disponibilizado pelo SNS e que chega às famílias através das próprias escolas. O acesso ao cheque psicológico poderá ser obtido se estas forem um veículo de ligação às famílias. Face à grande exposição que o tema tem conquistado e com o objetivo de combater o estigma é importante que desde pequenos aprendamos a cuidar da nossa mente, como aprendemos a cuidar do nosso corpo. Jovens informados estarão mais conscientes, atentos e sensibilizados para o tema, tendo ferramentas para lidar com as diferentes situações do dia a dia. Como em outros temas de intervenção social, as escolas desempenham um papel na sensibilização, informação e divulgação de comportamentos saudáveis. Se lá aprendemos que devemos ir uma vez por ano ao dentista e o que fazer quando nos sentimos fisicamente doentes, porque não aprender boas práticas de saúde mental ou a quem recorrer quando estamos frágeis? As escolas são cruciais para informar e educar, dar conhecimento teórico e experiências práticas, em contexto disciplinar ou momentos abertos à comunidade educativa. O estigma que está presente na nossa sociedade é uma das maiores barreiras à saúde mental. Nem sempre um indivíduo com uma doença mental é capaz de a reconhecer e procurar ajuda. É importante que seja a ajuda a chegar até ele através da criação de campanhas, como a “Carrinha de Saúde Mental”, e um site informativo. As carrinhas passarão por todo o país, dando ênfase ao interior. A sua presença nas escolas será formativa, com palestras para que o estigma seja quebrado e os jovens saibam a quem recorrer. A existência de um site, apoiado pelo governo, permitirá o acesso a profissionais desta área e a linhas de apoio, onde serão divulgadas campanhas para promover a importância da saúde mental e dar a conhecer mais sobre esta temática, ajudando jovens, com ou sem uma doença mental.
Medidas Propostas
- Criação de um cheque psicológico para todas as famílias.
- Abordagem e desenvolvimento de conteúdos de boas práticas de saúde mental nas aulas de Cidadania.
- Criação de campanhas informativas como a “Carrinha da Saúde Mental” e um site informativo.