PROJETO DE RECOMENDAÇÃO DA ESCOLA


Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior, São João da Madeira


Exposição de motivos
A educação está, efetivamente, na base de uma comunidade e é, assim, extremamente importante fornecer aos estudantes bases em todas as áreas das suas vidas, permitindo-lhes adquirir as ferramentas necessárias para completar o seu percurso escolar e construir uma vida após a escolaridade obrigatória. De uma forma geral, os problemas associados à saúde mental sempre perduraram na vida dos estudantes, porém com a eclosão de uma pandemia global, os mesmos tornaram-se mais evidentes.
Tendo em conta que a saúde mental e a saúde física são duas vertentes fundamentais e indissociáveis da saúde, consideramos que é fulcral implementar sistemas que visem a promoção do bem-estar tanto físico como mental. É, efetivamente, crucial que se compreenda a dimensão deste tipo de problemas nas vidas dos jovens, já que estes impactam o seu rendimento escolar, a sua felicidade e a sua capacidade de se relacionarem com os outros. Constitui o nosso dever suportar e criar as devidas condições para que a escola seja um lugar equitativo, cheio de oportunidades e, acima de tudo, um lugar seguro tanto fisicamente como emocionalmente.
A nossa primeira proposta visa normalizar os problemas mentais, reduzindo o estigma acerca dos mesmos e construindo ligações interpessoais com psicólogos e colegas, o que permitirá aos alunos falarem abertamente sobre os seus dilemas e construírem e utilizarem as devidas ferramentas para os ultrapassarem. Estas atividades escolares teriam de ser feitas periodicamente, sendo da responsabilidade e criatividade dos psicólogos escolares. Para além disso, ao familiarizar as turmas com os meios e técnicos do gabinete de psicologia escolar, impulsionaríamos a utilização dos mesmos.
Como segunda proposta defendemos a implementação de um sistema de correspondência anónima entre o gabinete de psicologia escolar e os alunos, que através de um intermediário (as sugestões incluem membros da associação de estudantes, membros da secretaria da escola, funcionários, etc.), permite a recolha do número de identificação do cartão escolar e atribui, posteriormente, um pseudónimo ao mesmo garantindo, assim, a manutenção da confidencialidade e do anonimato.
A nossa terceira medida incide na formação dos professores e do corpo docente, com vista a preparar a comunidade escolar para fornecer auxílio aos alunos em momentos de crise, educando os mesmos na temática criando, simultaneamente, mecanismos para que a ajuda fornecida seja o mais eficiente e adequada possível.
Em suma, julgamos que com a implementação destas três medidas poderíamos fazer frente aos diversos problemas de foro psicológico que se manifestam no espaço escolar. Ao mesmo tempo, proporcionaríamos oportunidades para todos aqueles alunos, que devido às suas condições económicas, algumas agravadas durante a pandemia, carecem da possibilidade de frequentar ajuda psicológica fora da escola, no serviço de saúde ou no setor privado.


Medidas Propostas
  1. Implementação de uma atividade escolar que, em sessões periódicas, permita a abordagem de temas relativos à saúde mental, com diversas sessões práticas (palestras, jogos, dinâmicas de grupo, etc.) destinadas a diferentes faixas etárias.
  2. Implementação de um sistema de correspondência anónima entre a psicóloga escolar e os alunos, de forma a, mantendo a confidencialidade, potenciar a ajuda psicoterapêutica.
  3. Realização de sessões formativas para o corpo docente e para os assistentes operacionais no sentido estarem preparados para agir, de imediato, em situações de ocorrência de casos de ataques de pânico, surtos psicológicos, psicoses, etc.